Postado em segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Pesquisadores da Unifal desvendam novo caminho para vacinas contra vírus

Um dos vírus a ser combatido é o Mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos.


 Da Redação

Pesquisadores da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) fizeram uma descoberta que pode revolucionar o combate aos vírus Monkeypox (Mpox) e Alaskapox. O estudo, que foi destaque na prestigiada revista médica The Lancet Microbe, identificou epítopos imunogênicos compartilhados entre os dois vírus, abrindo caminho para o desenvolvimento de vacinas e testes de diagnóstico mais eficazes.

A pesquisa, conduzida pelo Laboratório de Biologia Celular de Microrganismos (LaBioMol), revelou que, apesar das diferenças entre os vírus, eles compartilham proteínas-chave que podem ser exploradas para criar uma estratégia de defesa que funcione para ambos. Esse avanço é especialmente significativo para o Mpox, que foi declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em 2024. Esses vírus são conhecidos por causar doenças infecciosas significativas, sendo o Mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos.

O artigo, intitulado "Shared immunogenic epitopes between host entry and exit proteins from monkeypox and Alaskapox viroses", foi liderado pelo mestrando Leonardo Pereira de Araújo e contou com a colaboração de Evandro Neves Silva, além dos professores Patrícia Paiva Corsetti e Leonardo Augusto de Almeida, coordenador da pesquisa.

 

Mestrando Leonardo Pereira de Araújo, do Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas, em registro feito no Laboratório de de Biologia Molecular de Microrganismos. (Foto: Arquivo/ Grupo de Pesquisa)



O estudo utilizou técnicas computacionais para identificar proteínas-alvo em ambos os vírus, mostrando que três dos epítopos identificados no Mpox estavam 100% conservados no Alaskapox. Essa conservação sugere um potencial para o desenvolvimento de vacinas bivalentes que possam proteger contra os dois vírus.

Além disso, a pesquisa destacou o uso de vacinologia reversa e técnicas in silico como métodos que podem acelerar o desenvolvimento de vacinas, economizando tempo e recursos, algo crucial em contextos de emergência.

Os próximos passos incluem testes in vitro e pré-clínicos para avaliar a eficácia das potenciais vacinas. O estudo também reforça a importância da ciência desenvolvida na Unifal, com impacto significativo na saúde pública global.

O trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), dentro de programas que visam a fixação de jovens doutores no Brasil e a promoção de pesquisas inovadoras.

 



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