Postado em quarta-feira, 8 de maio de 2024
às 06:06
Mulher condenada por envolvimento em assassinato é presa após pedido do MP
Fernanda Alves foi condenada por envolvimento no assassinato de um jovem que colocou fogo em ônibus.
Alessandro Emergente
Uma mulher, de 31 anos, foi presa essa semana pela Polícia Civil, que cumpriu um mandado judicial expedido pela Justiça a pedido do Ministério Público. Ela responde por crimes de homicídio, tortura, sequestro e organização criminosa, ocorridos em 2018, em Alfenas.
A prisão foi feita em Areado na tarde de segunda-feira e comunicada à imprensa na terça-feira. De acordo com a Polícia Civil, as buscas iniciaram na última sexta-feira, dia 3, quando a equipe da Delegacia Regional em Alfenas, responsável por apurar homicídios, e o setor de inteligência receberam informações de que a mulher estaria em Areado.
A mulher detida é Fernanda de Fátima Venâncio Alves, que no ano passado foi condenada a 24 anos de prisão por envolvimento no assassinato de Wescley Correia Ribeiro, ocorrido em 2018. Ela e três homens foram condenados pelo júri popular, porém a Justiça concedeu a Fernanda o direito de recorrer em liberdade.
No dia 14 de abril desse ano, o promotor de Justiça Frederico de Carvalho Araújo, da 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Alfenas, solicitou à Justiça que a decisão condenatória fosse reformada parcialmente e que Fernanda iniciasse o cumprimento da pena. O pedido foi deferido pelo Tribunal de Justiça (TJ) no último dia 30 e publicado um dia depois.
Com a decisão, Fernanda passou a ser considerada foragida da Justiça. De acordo com a Polícia Civil, a mulher detida, na última segunda-feira, responde por crimes como homicídio, tortura, sequestro e organização criminosa, cometidos em Alfenas. Ela foi encaminhada para o sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça. Participararam da ocorrência o delegado Roberto Bicalho Tecchio e os investigadores Kauan Lisboa, Ana Paula de Oliveira e Marilda Rocha Silva.
A vítima do homicídio é Wescley Correia Ribeiro, que desapareceu dias após colocar fogo em um ônibus de transporte coletivo, no bairro Vila Esperança. Na época, em um vídeo, o jovem assumiu ter ateado fogo em um ônibus de transporte coletivo em represália ao assassinato de Reginaldo Pereira da Silva (Nadinho), apontado como chefe do tráfico de drogas na região.
O jovem, então com 17 anos, chegou a ficar em cárcere privado, torturado e, em seguida, assassinado. Além de Fernanda, outras três pessoas foram condenadas: Edson Eugênio da Silva (conhecido como Testa), André Luís Esteves (conhecido como De Negão), e José Henrique dos Santos Ramos (conhecido como Zezinho). No entanto, os três homens iniciaram o cumprimento da pena em regime fechado a partir da sentença, de março do ano passado.