Postado em domingo, 24 de dezembro de 2023 às 12:12

Maioria da população de Alfenas se autodeclara branca, aponta IBGE

Mais de 60% se autodeclararam branco enquanto pouco mais de 38%, preto e pardo.


 Alessandro Emergente

Mais de 60% dos moradores se autodeclaram brancos, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes ao Censo 2022. Dos 78.970 moradores, 48.445 se classificam como branco, o que representa 61,35% do total.

De acordo com os dados, no Sul de Minas, a maioria população se autodeclara branca embora tenha ocorrido um aumento de mais de 25% na classificação preta ou parda na comparação com o Censo de 2010 – o aumento em relação àqueles que se autodeclaram preto foi de 27,5% e entre àqueles que se autodeclaram pardos foi de 25,2%. Nesse mesmo período, houve queda na autoclassificação como branca (3,8%), indígena (17%) e amarela (64%).

 

Fonte: IBGE - Arte: Reprodução/G1
 


O Censo 2022 mostra que pretos e pardos somam pouco mais de 38% da população de Alfenas, considerando o critério da autodeclaração. Os que se autodeclararam pretos são 8,09% do total, ou seja, 6.386 moradores. Já os pardos são 23.854, o que representa 30,21% do total.

Também aparecem, na relação do Censo 2022, 198 amarelos (0,25%) e 66 indígenas (0,08%).

O Censo: critérios e atrasos

A definição da cor ou raça no Censo é feita por autodeclaração. Ou seja, o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma de cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda ou indígena - havia a opção de não declarar a raça.

O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.

A legislação prevê que a pesquisa deve ocorrer a cada dez anos. Como a edição anterior era de 2010, a nova sondagem deveria ter sido realizada novamente em 2020, mas foi suspensa por conta da pandemia. Em 2021, o Censo teve segundo adiamento, desta vez por cortes orçamentários do governo Jair Bolsonaro. Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), foram liberados R$ 2,3 bilhões solicitados pelo IBGE, que iniciou trabalhos em 1º de agosto de 2022.

 



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