Prédio da antiga estação ferroviária é isolado com tapumes

 Alessandro Emergente

A Prefeitura de Alfenas isolou o prédio da antiga estação ferroviária, ao lado da Praça Amália Engel, com tapumes, instalados no final da tarde de segunda-feira. A marquise do prédio, que está abandonado, vinha sendo utilizada por usuários de drogas e era alvo de reclamações.

Várias denúncias foram repassadas a Guarda Civil Municipal (GCM) sobre a situação no local e na Praça Amália Engel, onde – segundo representantes da Prefeitura de Alfenas – os espaços estavam sendo utilizados para o consumo de entorpecentes e até para tráfico de drogas. A sujeira acumulada também vinha gerando reclamações. Algumas pessoas, que residem próximo ao local, reclamavam que, na prática, estavam impedidas de utilizar a praça devido a situação.

A reportagem do Alfenas Hoje entrou em contato com o secretário municipal de Cultura, José Ronaldo Saboia, por indicação da assessoria de comunicação da Prefeitura de Alfenas. Porém, o secretário disse que foi pego de surpresa, na tarde de segunda-feira, com a decisão de isolar o local.

Saboia informou que esteve no local durante a retirada desses frequentadores, mas que não foi uma medida da Pasta comandada por ele e sim da Secretaria de Defesa Social. Afirmou ainda que será necessária uma reforma no prédio, mas não tem informações sobre medidas de intervenção na estrutura do local.

A secretária municipal de Criança, da Assistência e dos Direitos Humanos, Daniela Alvarenga, informou que a Secretaria vem atuando junto a moradores em situação de rua, com assistência diária. Porém, os frequentadores retirados do antigo prédio da estação ferroviária não se enquadram nesse perfil. Segundo ela, são moradores da cidade que estão na condição de dependência química.

De acordo com a secretária, há moradores em situação de rua, assistidos pela Secretaria, que se alojam na Concha Acústica (Praça Getúlio Vargas) e na Praça Dr. Emílio da Silveira, ambas no centro da cidade. Nesses casos, são realizadas abordagens diárias por assistentes sociais para oferta de repouso, banho e alimentação na Casa de Passagem, além de oferta de marmitex.

A reportagem tentou contato com o secretário municipal de Defesa Social, Leonardo Vilela, responsável pelo isolamento do prédio, que não atendeu as ligações até a publicação da matéria jornalística.