Postado em sexta-feira, 1 de agosto de 2008
70% dos vereadores tentam o retorno na próxima legislatura
Alessandro Emergente
Renovação ou continuidade? Pelo menos sete dos dez vereadores da Câmara Municipal de Alfenas apostam na segunda opção para a futura legislatura, a ser iniciada no ano que vem. A lista de candidatos a vereador – que ainda está confirmada pela Justiça Eleitoral – revela que 70% dos atuais vereadores querem continuar legislando.
Da atual legislatura, apenas um parlamentar não participa da disputa deste ano para nenhum cargo eletivo. O 2º secretário da Mesa Diretora e ex-presidente da Câmara, Mário Augusto da Silveira Neto (PRTB), anunciou no final de maio a sua despedida da vida política e, após três mandatos como legislador, está fora do processo eleitoral.
Outros dois integrantes da Mesa Diretora também não estão na disputa pelo retorno a Câmara. Porém, estão em plena campanha eleitoral em busca de votos. O presidente da Câmara Municipal, Eliacim do Carmo Lourenço (PCdoB), tenta a sua primeira eleição majoritária após três mandatos como vereador. O vice-presidente da Casa, Décio Paulino (DEM), também está na disputa pela prefeitura, só que como candidato a vice-prefeito. Ambos, em lados diferentes, tentam derrotar o candidato do PT, Pompilio Canavez, que tenta a reeleição.
Dos sete vereadores que tentam o retorno, cinco atuaram na atual legislatura pela primeira vez na vida pública. Os outros dois são remanescentes da legislatura passada, surgindo no cenário político após o “escândalo da fita”, onde sete vereadores (todos afastados na época) apareceram recebendo dinheiro das mãos do ex-prefeito José Wurtembeg Manso (Beg) num gabinete da prefeitura. As cenas foram exibidas em rede nacional e provocaram a cassação do mandato do então prefeito. Na época, a Câmara foi renovada com o afastamento de oito parlamentares. Alguns deles ainda tentaram a reeleição no pleito passado, mas sem êxito.
Dos dez atuais parlamentares, só três foram reeleitos em 2004. Além deles, apenas um quarto, Mário Augusto, já tinha experiência parlamentar. Ou seja, a atual Câmara foi composta por seis “novatos”, vereadores de primeiro mandato. Destes iniciantes em 2005, todos estão na disputa para continuarem na vida pública.

COMENTÁRIOS