Postado em sexta-feira, 7 de abril de 2023
às 10:10
Reservatório de Furnas atinge quase 100% da capacidade
O Lago chegou a 99,59% do volume, batendo praticamente a cota máxima, a 768 metros.
Alessandro Emergente
O reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas atingiu, na quinta-feira (6), 99,59% da sua capacidade de armazenamento. Essa marca não era atingida há 12 anos, sendo os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Com praticamente 100% do volume útil, o nível do Lago chegou a 767,93 – a cota máxima é de 768 metros. O boletim diário da ONS apontou ainda afluência de 1.097 metros cúbicos por segundo contra defluência de 771 m³/s.
A situação atual evidencia um contraste com o que ocorreu em 2021, quando o país passou por uma crise hídrica na região das hidrelétricas. Na ocasião, o nível do Lago de Furnas caiu abaixo de 20%.
O nível do reservatório é beneficiado pelas chuvas dos últimos meses, o que fez com que, em janeiro, fossem abertas as comportas do vertedorouro da usina hidrelétrica em São José da Barra (MG), onde está a barragem do Lago de Furnas. As comportas não eram abertas há mais de uma década.
A marca alcançada na quinta-feira não era atingida desde março de 2011, segundo o ONS. Com potência instalada de 1.216 MW, a hidrelétrica de Furnas representa 17,12% da capacidade de armazenamento de energia no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e, por isso, tem importância estratégica para o sistema elétrico nacional. Outro aspecto importante é que o reservatório de Furnas permite a regularização do Rio Grande e contribui com a produção de energia em outras usinas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), comemorou o resultado e destacou a importância da marca para a produção de energia renovável e para a geração de emprego e renda nas regiões Sudoeste e Sul de Minas Gerais, principalmente com as atividades do ecoturismo.
“O Lago de Furnas é patrimônio do Brasil, mas, em especial, das mineiras e dos mineiros desta região. O lago cheio representa emprego e renda no ecoturismo, na piscicultura e em outras atividades fundamentais. Além do volume de chuvas, o volume máximo também representa o nosso trabalho para otimização do Sistema Interligado Nacional (SIN) para potencializar e priorizar a geração de energia com fontes renováveis”, afirmou o ministro.
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