Postado em sábado, 2 de outubro de 2021 às 16:19

Mulher inaugura asilo animal e dedica a vida a dar amor a pets idosos e com doenças terminais

Alexis abriga animais idosos de diferentes espécies e procura dar à eles um local digno e muito amor em seus últimos momentos de vida.


 É muito comum, com o passar do tempo, famílias colocarem parentes idosos em asilos, para garantir melhores cuidados neste período delicado da vida. A ideia de que animais também precisem de atenção especial despertou em Alexis Fleming a ideia de criar um asilo animal.

Com a idade, os animais podem perder habilidades motoras, sensoriais, e ainda podem sentir uma solidão no fim da vida. Além disso, muitos tutores abandonam os pets mais velhos que precisam de cuidados especiais.

O Maggie Fleming Animal Hospice foi inaugurado por Alexis em 2016, na Suécia, e recebe cachorros, gatos, aves, e outras espécies de animais, com doenças terminais. O maior objetivo de Alexis é dar muito amor aos bichinhos nos seus últimos momentos, além de um lugar digno para sua passagem.

Perda dolorida

O maior impulso para a criação do Maggie Fleming Animal Hospice foi a perda de Maggie, um cão resgatado e melhor amiga de Alexis, que faleceu.

“Ela morreu após complicações depois de uma cirurgia. Eu tive que tomar a decisão pelo telefone, se a deixaria morrer, e eu sabia que nunca mais a veria novamente.”

Maggie acompanhou a tutora durante momentos difíceis, quando a mulher foi diagnosticada com a Doença de Crohn, uma condição autoimune crônica. Em algumas ocasiões, a doença estava tão grave que lhe foi dado apenas dias de vida.

“Foi realmente uma ideia ridícula porque eu estava muito doente e tinha passado por uma dor horrível por perder Maggie, mas a ideia estava lá e sempre me incomodaria até que eu fizesse algo a respeito”, conta Alexis sobre a ideia de criar o asilo animal.

Amor depois do abandono
De acordo com Alexis, a maioria dos residentes dos asilo foram abandonados por causa da idade avançada ou por alguma doença terminal. Atualmente, o local abriga mais de 100 animais, desde cachorros a galinhas e porcos. Para a fundadora, não importa a espécie, todos precisam de amor.

O trabalho não para, e Alexis conta que há dias em que os cuidados levam mais de 16 horas. Mas isso não é um problema. “Essa é a parte prazerosa. Ter algo assim para te fazer levantar da cama de manhã, sou muito sortuda. Realmente não sinto com se fosse um trabalho”, conta.

Lidando com a morte
Por mais que se apegue aos animais do asilo, é inevitável que Alexis tem que passar por momentos difíceis quando os bichinhos acabam falecendo. No entanto, a moça conta que todo o processo de luto a deixa mais forte.

“Agora estou mais acostumada a lidar com a morte, o que deixa tudo mais fácil. Tivemos uma morte recentemente, onde tínhamos acabado de voltar com ela do veterinário, e ela morreu nos meus braços quando chegamos em casa. Tive cinco minutos de luto e coloquei o corpo dela na geladeira. Tudo tem que ser prático, então segui e fui continuar a fazer as outras coisas”.

“Se aceitamos a vida, temos que aceitar a morte. É uma realidade inevitável e, de fato, pode ser algo realmente lindo. Isso vai acontecer e todos nós podemos tornar a morte de alguém bonita”, explica Alexis.

Dar um final digno aos pets se tornou o propósito de vida de Alexis, que ainda escreveu um livro chamado No Life Too Small (Nenhuma Vida é Muito Pequena, em tradução livre), onde ela relata sua trajetória desde o momento em que seu destino se entrelaçou com o da pequena Maggie.

FONTE: Tribuna de Jundiaí



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