Postado em terça-feira, 10 de novembro de 2020

10 dicas para andar de motocicleta no trânsito urbano


O crescimento na venda de motos e, principalmente, scooters, mostra que muita gente enxerga os veículos de duas rodas como uma solução de mobilidade.

Seja para ganhar tempo, seja para economizar combustível e gastar menos dinheiro, as motos e scooters de baixa cilindrada cumprem muito bem o seu papel: não ficam presas no trânsito, rodam mais de 30 km/litro de gasolina e, muitas vezes, representam um gasto menor que a passagem de ônibus e metrô. Sem falar no maior conforto e no tempo menor.

Embora sejam fáceis de pilotar e práticos, os veículos de duas rodas exigem responsabilidade. Não basta passar no exame da motoescola e tirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), é preciso pilotar com o equipamento de segurança adequado e assumir uma postura defensiva na condução.

Para Gutenberg Santos Silva, 34 anos, instrutor de pilotagem do Centro Educacional de Trânsito Honda de Recife (PE), há quatro anos, “a motocicleta tem suas características físicas e um comportamento dinâmico, diferente de outros veículos”. Ele recomenda que os motociclistas procurem se informar sobre a motocicleta e busquem cursos para treinar a pilotagem. A pedido do Mobilidade, Gutenberg dá dez dicas práticas de como rodar de moto com segurança no trânsito urbano.

1 – Pilote sempre equipado
A primeira dica do instrutor de pilotagem é usar sempre equipamento de segurança. Capacete, dentro do prazo de validade e corretamente afivelado ao pescoço. Mas a cabeça não é a única parte do corpo que precisa ser protegida. Por isso, é importante vestir jaqueta com proteções, luvas, calça de tecido resistente e um calçado fechado, “de preferência, de cano alto”, reforça Gutenberg.

2 – Posicionamento sobre a moto
Para pilotar uma moto, é preciso se posicionar corretamente sobre a moto para melhorar a maneabilidade. “Mantenha a cabeça erguida, com olhar sempre atento ao que vem à frente”, explica Gutenberg. Braços e ombros devem ficar relaxados para que você posso desviar de obstáculos na via com rapidez. A coluna tem de estar ereta para que o condutor não se canse e pilote confortavelmente.

As pernas devem estar flexionadas, e os joelhos, “abraçar” o tanque para garantir firmeza na condução. Os pés têm de estar paralelos e apontados para frente. “As pedaleiras ajudam a proteger os pés”, ensina o instrutor.

3 – Inspeção antes de rodar
Antes de sair de casa, ao dar partida, enquanto deixa o motor esquentar, aproveite para verificar o funcionamento do farol, dos piscas, da lanterna e da lâmpada de freio. “Além de ser perigoso rodar com alguma luz queimada, é infração de trânsito. A multa será mais cara do que trocar a lâmpada”, avisa Gutenberg.

4 – Pilotagem defensiva
Em função de seu tamanho reduzido, em comparação a carros e caminhões, a motocicleta exige uma postura defensiva na pilotagem para que veja e seja visto pelos outros agentes do trânsito. “Fique no centro da faixa de rolagem e mantenha distância segura dos outros veículos”, ensina Gutenberg. Dessa forma é possível se adiantar as situações e evitar colisões.
No corredor, rode em baixa velocidade e com muita atenção. “Mas apenas quando os veículos estiverem parados”, alerta o instrutor. Ele ainda dá uma dica importante: “Não saia do semáforo como se estivesse em uma corrida. Não tenha pressa, pois muitos acidentes acontecem quando um dos veículos tenta aproveitar a luz amarela”.

5 – Pneus
Nas motocicletas, pneus em bom estado de conservação são fundamentais para a sua segurança. Fique atento ao indicador de desgaste da banda de rodagem, mostrado pela sigla TWI, na lateral dos pneus: se o sulco atingir o limite, está na hora de trocar o pneu. “Não se esqueça de calibrar, com a pressão indicada pelo fabricante, uma vez por semana, ao menos. Pneus na pressão correta garantem aderência e ainda economizam combustível”, ensina o instrutor de pilotagem.

6 – Retrovisores
Para Gutenberg, o ideal é manter sempre os espelhos retrovisores originais, que foram projetados para a motocicleta. Ajuste-os antes de partir com sua moto de forma que você enxergue parte de seus ombros. “Mesmo nas motos, existem pontos cegos. Por isso, é importante sempre dar uma breve olhada para trás, antes de mudar de faixa”, esclarece.

7 – Sinalização
Respeite sempre as sinalizações de trânsito, tanto as de advertência (amarelas) como as de regulamentação (brancas). Elas servem para alertar o motociclista dos perigos e condições da via. Uma placa de “escola” indica que pode haver crianças na via e é melhor reduzir a velocidade.

“As lombadas também servem para reduzir a velocidade e têm um motivo para ser instaladas. Não salte as lombadas nem passe pela lateral delas, no espaço entre a lombada e a guia. O piso ali costuma ficar sujo e pode causar perda de aderência”, afirma Gutenberg, criticando o mau hábito de muitos motociclistas.

8 – Garupa
Ao levar garupa, lembre-se de que ele deve usar o equipamento completo de proteção, como o piloto. O passageiro deve se sentar o mais próximo possível do motociclista e segurar na cintura. “Isso equilibra o peso e facilita a maneabilidade da moto”, diz Gutenberg. O passageiro nunca deve tentar controlar a moto nem tirar os pés da pedaleira, alerta o instrutor.

9 – Frenagem
Quando precisar frear a motocicleta, mantenha o corpo ereto e os joelhos no tanque, “para manter a trajetória reta”, diz Gutenberg. Use 70% da força no manete de freio dianteiro, não desengate a marcha nem aperte a embreagem para que o freio motor ajude a parar a moto. Use também o freio traseiro, acionado no pedal, mas com parcimônia para não derrapar. “Vale lembrar que, nas scooters, os dois freios são acionados nas mãos: o manete direito aciona o freio dianteiro; e o esquerdo, o traseiro”, destaca Gutenberg.

10 – Condução noturna
Segundo o instrutor de pilotagem da Honda, é importante tomar cuidado ao pilotar à noite, pois a visibilidade fica prejudicada. Use roupas claras ou jaquetas com tecido refletivo para ser visto. “Reduza também a velocidade, pois até mesmo a sua visão e percepção dos obstáculos à frente ficam prejudicadas”, conclui Gutenberg.

 

 

 

 

 

Fonte: Mobilidade



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