Postado em terça-feira, 4 de junho de 2019
às 16:32
3ª Feira da Banana de Delfinópolis começa maior neste ano
Lançamento da marca coletiva da banana produzida no município será destaque nesta edição.
O município de Delfinópolis vai promover, entre os dias 5 e 8 de junho a 3ª Feira da Banana. Organizada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Sebrae e Associação dos Produtores de Banana de Delfinópolis (Adelba), a programação inclui palestras, dia de campo, mesas redondas e exposição de máquinas, equipamentos e insumos. Um destaque do evento será o lançamento da marca coletiva da banana produzida na região de Delfinópolis.
A marca coletiva é um sinal distintivo, conferido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que visa diferenciar produtos ou serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins, de origem diversa ou não. O objetivo é identificar produtos ou serviços prestados por membros de determinada entidade coletiva, como, por exemplo, associação, cooperativa, sindicato, consórcio, federação e confederação entre outros.
O registro da marca coletiva garante sua proteção em território nacional, assegurando exclusividade de uso no ramo de atividade. Além disso, indica para o consumidor que o fabricante ou prestador de serviço pertence a uma determinada entidade representativa. Ao assinalar produtos ou serviços com boa reputação, pode agregar valor aos mesmos, atraindo e fidelizando o consumidor.
Em Minas Gerais alguns produtos já obtiveram sua marca coletiva. É o caso do queijo Minas artesanal da Canastra, produzido pela Associação dos Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan) ou de Frutas do Jaíba e Café do Cerrado. “Com isto, Delfinópolis ocupará a posição singular de município com duas marcas coletivas, já que também está incluído na queijo da Canastra”, comemora o engenheiro agrônomo Sávio Marinho.
Mais participantes
Maior em 2019, a 3ª Feira da Banana terá 60 expositores, o dobro do ano anterior. O número de pesquisadores e técnicos presentes na programação também cresceu. Em 2018, a Embrapa participou com dois representantes. Este ano, a empresa federal estará presente com seis pessoas do corpo técnico, confirmando a importância que a exposição vem adquirindo para o setor da bananicultura.
“A feira vem aumentando ano a ano e consolidando a posição do município do Sul de Minas, que hoje ocupa o segundo lugar na produção de banana do estado”, afirma o extensionista Sávio Marinho, que atua no escritório local da Emater-MG.
Segundo Marinho, são esperadas caravanas de várias regiões produtoras de banana do Brasil, como Norte de Minas e Triângulo, além de outras partes do país, como o Vale do Ribeira, no Sul de São Paulo, e regiões do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Além de estudiosos da Embrapa, estarão presentes pesquisadores da Epamig e Instituto Federal da Bahia (IFBA). Vale ressaltar que a Embrapa terá um estande com publicações da empresa para distribuição.
“Será uma oportunidade para os produtores trocarem experiências, ouvir especialistas e conhecerem novidades em equipamentos, processos e insumos. Haverá também programação artística, exposição de artesanato e produtos típicos, concursos do maior cacho de banana e do melhor queijo da Canastra”, explica Sávio Marinho.
Produção e clima favorável
Delfinópolis é, hoje, o segundo maior produtor de banana de Minas Gerais, com produção estimada de 80 mil toneladas até o final deste ano de 2019, e valor aproximado de R$ 90 milhões. São 150 produtores cultivando a fruta em uma área de 3.550 hectares. Cerca de 1.300 pessoas trabalham diretamente nas lavouras, sem contar os empregos indiretos que vão de funcionários dos escritórios, das oficinas que prestam serviços na construção de galpões até fornecedores de uniformes para funcionários, empresas de montagem e manutenção de irrigação, entre outros profissionais.
A cultura teve início em 1993 como alternativa ao café, que passava por um período de preços baixos no mercado. A iniciativa partiu de nove produtores que começaram, no final daquele ano, o plantio de mudas em uma área de 20 hectares.
Algumas características do município favoreceram a atividade, tais como clima, solo, disponibilidade de água para irrigação e proximidade de mercados consumidores. Assim, de um início discreto, a bananicultura se tornou o principal componente da agropecuária municipal. Delfinópolis também é forte na produção de soja, sendo o maior produtor do Sul de Minas, além de milho, cana-de-açúcar e nas pecuárias de leite e corte.
Serviço:
3ª Feira da Banana
Data: de 5 a 8 de junho
Horário: de 8h às 20h
Local: Avenida Padre Ivo Soares Marques, 814 – Delfinópolis (MG)
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