Postado em terça-feira, 10 de julho de 2018
às 09:09
Cão idoso: cuidados de um pet em idade avançada
Naturalmente, assim como nós humanos, os cachorros também passam por várias fases da vida: filhote, jovem, adulto e idoso...
Naturalmente, assim como nós humanos, os cachorros também passam por várias fases da vida: filhote, jovem, adulto e idoso. A taxa de envelhecimento de um cão pode variar conforme alguns fatores como raça, tamanho, porte e até mesmo o processo de criação que esse animal passou durante a sua vida. Mas, geralmente após completar o oitavo aniversário, ele passa a ser considerado um cão idoso.
Os sinais são visíveis e notáveis:
- os pelos começam a ficar brancos na região dos olhos e do focinho;
- o cão passa a repousar mais;
- o andar fica mais vagaroso, seja por alguma doença articular ou apenas pelo avanço da idade;
- e em alguns casos mudança de humor, podendo ser mais rabugento com crianças e até outros animais.
Cuidando de um cão idoso
O que muitas pessoas não sabem é: como cuidar e criar um cão idoso. Por isso, se você tem um pet, principalmente se estiver próximo ou com mais de 8 anos, preste atenção no que vamos falar. Através desse texto iremos abordar esse assunto tão delicado, bem como responderemos às seguintes questões:
- Quais são as necessidades do animal de estimação nessa fase avançada da vida?
- Saúde do cão idoso: Quais são os problemas de saúde mais frequentes?
- Quais são as mudanças na mobilidade e vitalidade?
- Como deve ser a rotina de exercícios do meu cão idoso?
- A alimentação deve mudar?
Necessidades de um cão idoso
Os cães precisam de atenção especial e cuidados apropriados quando atingem uma idade avançada. Como dito anteriormente, o processo de criação faz toda a diferença na velhice do animal de estimação. Então é importante que muitos dos cuidados sejam tomados desde o início da vida do cão.
A rotina é o ponto de partida para cuidar bem do nosso amigo de quatro patas, seja qual for sua idade. Todos os cães adoram rotinas, e quando idosos essa programação diária ajuda o pet a ficar mais tranquilo e menos estressado. Nesse sentido refeições regulares e balanceadas, passeios, brincadeiras e as também as horas de descanso beneficiam a qualidade de vida do cão.
De fato muita coisa vai mudar depois de o cão atingir uma maturidade mais avançada. Por isso, aprender a cuidar de um cachorro idoso da maneira adequada vai melhorar ainda mais a qualidade de vida dele. Além disso, esses cuidados também podem aumentar a expectativa de vida do pet.
Mente sã, corpo são: como cuidar da saúde do cão idoso
Hoje em dia é amplamente divulgado que os que exercícios físicos e mentais ajudam o ser humano a se manter mais jovial e ativo no decorrer da vida. Os avanços no campo da medicina fazem com que a expectativa de vida do ser humano aumente gradativamente. E, do mesmo modo vem acontecendo com os nossos animais de estimação.
Os avanços da medicina veterinária têm feito com que a expectativa de vida dos animais também aumente. Hoje em dia, graças às vacinas, aos novos tratamentos e também à alimentação, os cães passaram a viver mais – e com maior qualidade. Os veterinários estão se especializando em diferentes áreas, sempre buscando atender às necessidades dos cães. E, para os nossos peludinhos idosos, existe até mesmo veterinário especializado em geriatria canina!
Visitas ao veterinário
Todos os cães independente da idade devem realizar visitas regulares ao médico veterinário. Com o avanço da idade essas visitas devem ser mais frequentes. Enquanto os cães mais jovens podem passar por check-up anuais, o ideal é que o cão idoso tenha a saúde conferida pelo menos a cada seis meses. Isso ajudará a detectar e prevenir possíveis doenças decorrentes da idade.
Problemas de saúde mais frequentes
Naturalmente a saúde de um cão idoso é bem mais delicada do que a de um cão jovem. Os problemas de saúde mais frequentes em cães idosos são:
- Doenças articulares: são as mais comuns em cães idosos. Caso o quadro se agrave, com o tempo o bicho pode ter dificuldade para se levantar e se locomover.
- Alterações cardíacas: uma vida ativa e cheia de passeios faz muito bem à saúde cardíaca dos cachorros. Com o avanço da idade preste atenção em sinais como tosse e respiração ofegante, que entregam doenças no peito.
- Insuficiência renal: com o envelhecimento, os rins deixam de funcionar como deveriam e podem eliminar nutrientes essenciais. Fique de olho se o cão perde o apetite, emagrece rapidamente, estiver bebendo muita água e fazendo xixi a todo momento, esses são alguns sintomas de insuficiência renal. Ao notá-los leve o cão ao veterinário.
- Disfunção cognitiva: os cães com idade muito avançada às vezes sofrem de uma degeneração similar ao Alzheimer. Por isso também podem se tornar lentos e distantes.
Lembre-se que o ritmo de vida que o cão levou nos anos anteriores também pode modificar muito o quadro da saúde de um animal senil. O melhor para a vida do cão idoso é que a prevenção desses problemas seja realizada. Ou que ao menos a progressão desses problemas seja evitada. Esses dois pontos justificam ainda mais as visitas regulares ao médico veterinário. Busque sempre um diagnóstico precoce para qualquer enfermidade no seu cão.
Devagar e sempre: as mudanças na mobilidade e vitalidade
Com a idade o cão não terá mais a mesma disposição e vitalidade de um filhote ou de um cão jovem. Por isso é normal que o cãozinho passe a dormir mais e passar mais tempo deitado.
Precisamos estar preparados para as novas necessidades do nosso amigão, principalmente aos problemas de saúde que podem ser desenvolvidos. Como exemplificado anteriormente, as doenças articulares são as mais comuns na idade avançada, e por isso a mobilidade do cão tende a ficar reduzida. Com isso, precisamos adaptar algumas coisas em casa para melhorar a vida do nosso idosinho peludo. Por exemplo:
- Manter a casinha ou caminha mais próxima do convívio com os humanos;
- As vasilhas de água e comida também devem ficar mais próximas do local de descanso do animal;
- Além de facilitar o acesso ao local onde o cão faz as necessidades. Lembre-se que um cão idoso não consegue conter as necessidades por tanto tempo, e podem até mesmo adquirir problemas de incontinência urinária. Então tenha paciência com o seu pet.
De acordo com o avanço da idade o cão também passa a ser um pouco rabugento. Eles evitam o contato com outros animais, seja pela questão da mobilidade ou seja pela falta de disposição para brincar. Dessa forma evite deixar um cão idoso sozinho com um cão mais agitado. Isso pode estressar o cão mais velho, e ele pode até mesmo reagir com agressividade na tentativa de afastar o outro animal ou de proteger seu espaço.
Rotina de exercícios: mudar sim, parar nunca
Exercícios físicos são muito importantes para manter uma vida saudável. Assim como explicado no tópico anterior, a mobilidade e vitalidade do cão não serão mais os mesmos, por isso a rotina de atividades físicas do cachorro deve ser modificada.
O fato de um cão ter envelhecido não muda a importância de uma rotina de exercícios, porém devemos mudar a quantidade, a duração e a intensidade. E lembre-se que os exercícios também ajudam a manter o peso do cão idoso regulado.
O recomendado é que sejam feitas caminhadas em horários mais frescos, com duração moderada e em ritmo mais vagaroso, de forma que o cão possa acompanhar o seu dono. Então, nada de forçar o pet a se exercitar mais do que o limite! Trabalhe a mente e o corpo do seu pet, sempre respeitando as limitações de cada indivíduo.
Alimentação do cão idoso: você sabe onde e quando mudar?
A alimentação é um dos principais fatores para a qualidade de vida de um animal de estimação. Por isso, a alimentação deve ser sempre de qualidade, regulada e balanceada. Um cão idoso possui um ritmo de digestão, e de absorção dos nutrientes, muito mais lento do que um animal mais jovem. Em virtude disso a porção diária de alimento, seja através de ração ou alimentação natural, deve ser de fácil digestão e rica em nutrientes.
O mais importante em qualquer idade é que a quantidade de alimentação deve ser controlada. Para um cão idoso isso precisa ser bem observado, já que ingestão acima do necessário pode ocasionar uma série de problemas de saúde. Existem alimentos secos no mercado que são específicos para cães idosos. Por isso, se você tem um cão mais velho, dê preferência às rações chamadas “sênior”, adaptadas às necessidades nutricionais dessa idade. Normalmente essas rações contém menos calorias, são ricas em ômega-3, zinco, proteínas, fibras e pobres em gordura e sódio.
Se você preferir a oferta da alimentação natural ao seu cão idoso, lembre-se de procurar um veterinário especialista em nutrição. O profissional saberá indicar as quantidades necessárias de cada nutriente para uma dieta balanceada. Uma outra dica legal é que é possível complementar a alimentação do cão idoso com petiscos naturais que não engordam, como por exemplo cenouras cruas ou outros legumes e frutas.
Os dentes: o que fazer para minimizar as consequências
Igualmente como os outros cuidados, os dentes do cão devem ser motivo de atenção durante toda a vida do animal de estimação. Atualmente muitos donos não tem o hábito de escovar os dentes do cão. Ou nem ao menos de oferecem ao pet alimentos e objetos que ajudem nos cuidados bucais. Por isso o veterinário deve examinar periodicamente o estado dos dentes e gengivas do seu cão, além de tratar possíveis problemas.
Gengivites, tártaros ou mesmo um dente quebrado ao longo da vida podem ocasionar:
- dificuldade na mastigação;
- dores; e,
- outros problemas que prejudicam a alimentação de um cachorro.
E, ainda por cima, tudo isso tende a piorar com a idade. Uma boa dica são os alimentos pastosos, ou mesmo colocar a ração em um pouco de água para amolecer antes de oferecer ao seu cão idoso, podem ajudar a facilitar a alimentação e também na digestão.
Obesidade: um mal que pode atingir cães idosos
Infelizmente, quando a saúde se deteriora, muitos problemas aparecem em efeito cascata no cão idoso. Além das questões relatadas nos demais tópicos, outros problemas de saúde podem exigir uma mudança na forma como o seu cão idoso se alimenta.
A alimentação desbalanceada juntamente com a falta de exercícios, seja por conta do sedentarismo ou seja por conta de problemas articulares já existentes, pode trazer a obesidade ao cão idoso. Por consequência a obesidade traz ou piora problemas articulares, além de ser porta de entrada para a diabetes e outras enfermidades.
Amor, carinho, atenção e paciência
Todos os seres vivos chegam na fase da senilidade. As limitações físicas e psicológicas são ampliadas e tudo que precisamos é de amor, seja para doar ou para receber. Não é diferente com humanos, e muito menos será com os cães. Por isso, seja muito paciente com o seu cão idoso.
Ele pode não conseguir mais correr ou brincar como antes, mas o amor por seu dono apenas cresce. Em outras palavras: entenda as novas limitações do seu animal de estimação. Dê tudo o que ele precisa, seja física ou emocionalmente. Enfim, o amor e atenção que você oferta ao seu pet serão igualmente retribuídos, independente da idade do seu cão.
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