Postado em sexta-feira, 22 de junho de 2018 às 13:01

Desmatamento fez Cerrado perder em 2 anos mais de 2 vezes no Distrito Federal

Dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente apontam que 50,1% da extensão do bioma foi comprometida...


 Um dois anos, o Cerrado perdeu 14.185 km² por causa do desmatamento. A área é equivalente a 2,4 vezes a extensão do Distrito Federal – ou, em tempos de Copa do Mundo, a cerca de 1 milhão de campos de futebol.

Os dados foram apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente nesta quinta-feira (21), com base em imagens de satélite registradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em 2016, o total desmatado correspondeu a 6.777 km². Em 2017, houve alta na devastação, subindo para 7.408 km². Os números, porém, são menores do que a última medição divulgada, em 2015. Na época, foram devastados 11.881 km². Hoje, cerca de 50,1% da extensão do Cerrado foi comprometida.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, boa parte do desmatamento pode ser explicada pela “cadeia da carne e da soja”. Além de prometer mais fiscalização, ele disse que o governo aposta na conversa com produtores.

“Estamos intensificando o diálogo com o setor produtivo, já nos moldes do diálogo que fazemos na Amazônia.”

Duarte declarou ainda que os números não separam o desmatamento autorizado daquele ilegal. Atualmente, como o sistema dos órgãos de fiscalização de cada estado não é integrado, o governo federal não consegue discriminar os dados.

A maior parte do desmatamento do Cerrado apontado pelos satélites ocorre principalmente na região mais ao Norte do bioma – Maranhão, Tocantins e Piauí. Por isso, o ministério diz que também tem procurado os governos estaduais para ajudar no combate. “Eu defendo tolerância zero para o desmatamento ilegal.”


Cerrado desmatado ao lado de rodovia (Foto: BBC)

Monitoramento diário
Nesta quinta, o ministério anunciou que o Cerrado passará a ser monitorado por satélite diariamente, assim como ocorre com a Amazônia.

“Isso vai permitir uma ação mais cirúrgica e precisa, em tempo real, dos nossos órgãos de fiscalização e controle”, prosseguiu o ministro. “[As imagens] vão permitir uma ação rápida em relação a esse bioma, que é único. A grande caixa d’água do país, onde nascem os rios mais importantes, que abastecem as grandes cidades.”





Fonte: G1



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