Postado em terça-feira, 28 de novembro de 2017 às 09:24

Plantações de caju não resistem à seca no Piauí

Nesse ano devem ser colhidas no estado mais de 17 mil toneladas; quase 50% a mais do que em 2016. O problema é que a safra passada foi uma das piores dos últimos cinco anos.


 

As plantações de caju não resistem à seca no Piauí. Ano após ano, os agricultores veem as árvores definhando. Em muitos casos quase a metade da produção se perdeu.
Em uma região de caatinga, a vegetação nessa época do ano se resume a galhos secos, chique-chique e mandacaru. Em Pio IX, no sul do estado, a principal atividade no segundo semestre é o cultivo de caju. Mas nem essa árvore resistente está aguentando o sexto ano seguido de seca. O seu José dos Reis, conhecido por aqui como Cipriano, reclama que muitos frutos secam mesmo antes de amadurecer. Até as castanhas ficam assim, parecendo já torradas...
Grande parte dos cajus que ainda nasce nos pequeno cajueiros, acaba ficando no chão mesmo. Isso por que seu Cipriano só colhe uma vez por semana e ele faz isso por que o preço na venda do caju está saindo a R$ 0,40, enquanto o quilo da castanha não passa dos R$ 3.

Em um assentamento cento e cinquenta famílias cultivam o caju. No início do ano elas plantaram milhares de mudas da variedade anão precoce e muitas não vingaram. Seu Vicente plantou 600 mudas e ainda hoje deve o empréstimo que tirou pra investir na cultura. Mesmo assim, ele quer insistir no caju.
Uma fazenda que fica quase na divisa com o Ceará e já foi uma das maiores produtoras de caju do estado, hoje o campo está repleto de troncos dos cajueiros que este ano tiveram que ser cortados e vendidos como lenha. As árvores morreram por causa da estiagem e 45% do plantio de vinte e dois mil hectares foi perdido. Outro sinal do declínio está no cantinho do imenso galpão que guarda as castanhas retiradas até agora (veja no vídeo acima).
O agricultor piauiense deve colher mais de dezessete mil toneladas de caju, este ano; 50% a mais do que em 2016. O problema é que a safra passada foi uma das piores dos últimos cinco anos.



Fonte: Globo Rural



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