Postado em quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Curso de Manejo e Bem Estar Animal ensina boas práticas de convivência entre produtores e animais

No passado, os animais não tinham vida digna no campo, mas isso está mudando: o curso de Manejo Racional e Bem Estar Animal, do Senar Minas, colabora para isso.


Há quem diga ser mais fácil conviver com animais do quem com humanos. De fato, estas relações costumam ser positivas para ambos - no meio urbano principalmente, onde os pets são integrantes das famílias. No meio rural, existe uma relação de dependência, já que os produtores tiram o próprio sustento das atividades exercidas com os animais, como os bovinos por exemplo.

Ocorre que muitos produtores não se atentam ao fato de que estão lidando com seres capazes de compreendê-los, e que podem se comportar de acordo com o tratamento que recebem. No passado, os animais não tinham vida digna no campo, mas isso está mudando: o curso de Manejo Racional e Bem Estar Animal, do Senar Minas, colabora para isso.

Em Luz, na região Central do estado, dez produtores rurais e filhos de produtores rurais fizeram o curso ofertado pelo Senar em parceria com o Sindicato de Produtores Rurais do município, com foco em bovinos de leite.

“O que a gente espera é que primeiro ocorra uma mudança nos próprios produtores rurais, que eles entendam que não vão conseguir mudar o comportamento dos animais se não mudarem o deles mesmos. O comportamento dos animais é um espelho do comportamento dos produtores, se eles têm ações positivas também receberão ações positivas. Entendendo isso, os produtores poderão melhorar o convívio com os animais e o bem-estar de ambos”, detalha o zootecnista e instrutor do curso, Alexandre Bojikian.

O curso foi realizado na fazenda Roraima, a aproximadamente cinco quilômetros de Luz. O proprietário, Antônio Paulinelli, destaca que sua produção está em torno de mil litros de leite por dia. Tudo é vendido a uma das maiores empresas de laticínios do país. Antônio diz que o curso o ajudou a melhorar a relação com os animais. “Aprendi muito, especialmente na parte de manejo. As novilhas, por exemplo, eu tratava era ‘no laço’, arrastava, acabava as maltratando. Agora aprendi a lidar de outra maneira, e já percebi melhores resultados”.

“Agindo corretamente, os produtores vão poder aumentar a produção e a produtividade de leite, melhorando a qualidade de vida dos animais, e deles também. Não existe bem-estar animal sem bem-estar pessoal. Nas fazendas, não existem só os animais, existem também os humanos, e essa convivência deve ser a menos estressante possível para ambos”, conclui o instrutor.

 

 

Fonte: FAEMG



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