Postado em sexta-feira, 12 de maio de 2017
às 16:48
Trump e os limites do poder
O presidente dos EUA culpa a Constituição pelo caos dos seus primeiros 100 dias de governo.
Por Julian Borger/Carta Capital
No centésimo dia no cargo, sábado 29, com índices de popularidade historicamente baixos, uma série de difíceis crises internacionais e várias investigações sobre suas ligações com Moscou, Donald Trump lembrou ao país que 1º de maio é o Dia da Lealdade. A data é uma tradição que remonta à Guerra Fria, quando foi usada para impedir que o 1º de Maio unisse socialistas e trabalhadores sindicalizados, mas, para um presidente muito criticado, que aprende política no cargo, tem uma ressonância ainda maior.
Em entrevista à Fox News para marcar os cem dias, ele se declarou “decepcionado” com os congressistas republicanos, embora tenha “ótimos relacionamentos” com muitos deles. Trump culpou os obstáculos e exigências impostos pela Constituição ao governo. “É um sistema muito duro”, disse Trump. “É um sistema arcaico, realmente ruim para o país.”
O anúncio no Dia da Lealdade ocorreu em meio a uma série de outras proclamações para marcar a data na qual costuma ser avaliada a primeira etapa de cada governo americano. Os sete dias seguintes foram chamados de Semana Nacional das Escolas Semipúblicas e Semana das Pequenas Empresas. Maio foi encarregado de ser ao mesmo tempo Mês Nacional do Condicionamento Físico e do Esporte, dos Americanos Idosos, do Legado Judaico-Americano, dos Pais Provisórios e do Legado Asiático-Americano e das Ilhas do Pacífico. Tais anúncios ajudam um presidente a parecer ocupado, especialmente em marcos tão analisados quanto os cem dias e para um político inexperiente em vias de aprender os limites do poder presidencial, mesmo com uma sólida maioria republicana no Congresso.
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