Polícia Civil vai apurar vídeo com possível excesso em abordagem em supermercado

 Da Redação

A Polícia Civil informou, na noite de terça-feira, que vai apurar todas as circunstâncias de uma abordagem dos responsáveis por um supermercado em Alfenas a uma jovem, que teria cometido furto no local. A manifestação da Polícia Civil foi após tomar conhecimento sobre um vídeo (confira no final da reportagem), que mostra a abordagem, circular nas redes sociais e ganhar repercussão na cidade.

De acordo com o delegado regional, Márcio Bijalon, até a noite de terça-feira não havia informações sobre detalhes do caso, como data da gravação do vídeo e nem a identidade da jovem. Nenhuma ocorrência havia sido registrada e o vídeo só tornou de conhecimento da Polícia Civil na tarde de terça-feira, devido a circulação do material nas redes sociais.

“Iremos apurar todas as circunstâncias da abordagem infeliz, identificando os funcionários do supermercado e a jovem que foi abordada, com o objetivo de verificar excessos na abordagem e a ocorrência de ilícitos penais”, informou o delegado.

De acordo com as imagens, contida no vídeo, a jovem, acusada de furto, é conduzida pela direção do Supermercado Nobre, localizado no Vila Betânia, até o cômodo e é humilhada. Em determinado momento do vídeo uma nota de R$ 100 é tomada da jovem assim como o seu aparelho celular. É possível ouvir um objeto sendo martelado, que pode ser o celular da jovem.

O Instituto de Cidadania e Direitos Humanos publicou uma nota de repúdio em relação ao episódio. “Manifesta repúdio total ao constrangimento, humilhação e tortura cometidos pelas proprietárias do Supermercado Nobre em Alfenas MG, quando uma jovem negra, foi acusada de ter furtado produtos do supermercado”, diz a nota, que pode ser conferida na íntegra logo abaixo.

Em tempo

Após a repercussão, o Supermercado Nobre divulgou uma nota, no instagram, na qual se posiciona sobre o caso. O estabelecimento lamenta a forma como "tudo se desenrolou", reconhecendo que a atitude tomada não foi a mais acertada. Diz ainda que, em conversa amigável com a família, restituiu o valor de R$ 100 e referente ao aparelho celular. Confira a nota na sequência.