Postado em terça-feira, 13 de setembro de 2016
às 20:39
Apenas uma agência mantém atendimento normalizado durante a greve dos bancários
A greve dos bancários chega, nesta quarta-feira, ao 9˚ dia sem acordo entre patrões e funcionários.
Alessandro Emergente
A greve dos bancários chega, nesta quarta-feira, ao 9˚ dia sem acordo entre patrões e funcionários. Em Alfenas, a adesão atingiu as agências privadas, que fecharam as portas, mantendo apenas os caixas eletrônicos para atendimento ao público.
A agência do Banco do Brasil (BB) é a única que mantém o atendimento ao público normalizado, segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Varginha e Região (Seeb).
De acordo com o sindicalista Marcelo Pizzo, da diretoria do Seeb, Alfenas tem cerca de 170 bancários e apenas a agência do Banco do Brasil está com o atendimento normalizado. Outras agência do BB na região aderiram a greve da categoria, segundo o sindicalista.
As agências dos dois maiores bancos privados em Alfenas, Itaú e Bradesco, permaneceram fechadas nesta terça-feira. Somente o atendimento nos caixa eletrônicos é disponibilizado aos clientes e usuários dos serviços bancários. Porém, as filas se tornaram um desafio para os clientes.
Pizzo explica que as agências mantém um mínimo de 30% de funcionários em atividade, além do autoatendimento, o que é uma exigência legal. No Sul de Minas, a paralisação atingiu 64% das cidades, segundo dados dos sindicatos de Varginha, Pouso Alegre e Poços de Caldas.
Sem acordo
Na tarde de terça-feira, representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reuniram-se em São Paulo, mas não houve acordo. Segundo a Contraf, a Fenaban não apresentou nova proposta, e uma nova rodada de negociação foi marcada para quinta-feira.
Em entrevista ao AH, no início da tarde de terça-feira, Pizzo já previa que haveria dificuldade na reunião e se mostrou pessimista em relação a um acordo. Isso porque, segundo ele, a proposta dos banqueiros ficou “bem aquém” do reivindicado pela categoria.
Os bancários querem um reajuste de 9,57%, referente a inflação, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) no período de 1˚ de setembro do ano passado a 31 de agosto deste ano. Além disso, a reivindicação inclui mais 5% de aumento real.
Na semana passada, a Fenaban chegou a propor um reajuste de 6,5% sobre as remunerações, além de um aumento de 7% na participação sobre lucros e resultados (PLR) e para os auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3 mil. A proposta não agradou os bancários.
Pizzo explica que, além de um reajuste abaixo da inflação, o abono não incorpora ao salário e, por isso, os bancários teriam perdas na parcela do 13˚ salário e na aposentadoria.
Os bancários das agências dos dois maiores bancos privados aderiram a greve (Foto: Alessandro Emergente)
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