Postado em quarta-feira, 17 de agosto de 2016 às 13:37

Chegada da La Niña deixa cafeicultores e pecuaristas em alerta

Chuvas poderão ficar dentro da normalidade para todo o estado do Pará e Mato Grosso, com exceção da parte nordeste do estado.


Do FAEMG

 

Williams Ferreira
Pesquisador da Embrapa Café/EPAMIG UREZM na área de Agrometeorologia e Climatologia, atua principalmente em pesquisas voltadas para o tema Mudanças Climáticas Globais.

Marcelo Ribeiro
Pesquisador da EPAMIG na área de Fitotecnia, atua em pesquisas com a cultura do café.

Domingos Queiroz

Pesquisador da EPAMIG SUDESTE na área de Zootecnia, atua em pesquisas com Pastagem, Forragicultura e Produção Animal.

As características do atual inverno com dias alternados de frio e dias com temperaturas muito elevadas para esta estação do ano, associado a pouca chuva nas principais regiões produtoras do Brasil tem sido favorável à colheita do algodão, principalmente no Mato Grosso. No Paraná, as chuvas que ocorreram têm sido favoráveis à atual safra de trigo.

El Niño e La Niña


A temperatura da superfície do oceano Pacífico na região tropical continua indicando período de neutralidade, ou seja, sem ocorrência do fenômeno El Niño ou La Niña. Todavia, as atuais condições da dinâmica de alguns elementos da circulação global atmosférica dão indícios de que poderemos ter ao longo da primavera o início de um evento La Niña que poderá se estender até o próximo verão.
Apesar da condição de neutralidade e da proximidade do La Niña, as condições climáticas que têm se apresentado no Brasil nas últimas semanas ainda são consequências do último fenômeno El Niño. A chegada do evento La Niña irá contribuir para o atraso na estação das chuvas na região Sudeste do país, que poderá ocorrer no final de outubro e início de novembro. Maior atenção deve então ser dada às chuvas esporádicas que poderão ocorrer no mês de setembro, mas que não representarão o início da estação das chuvas. Em Minas Gerais, que é maior produtor de café do país, os efeitos do La Niña são relativamente fracos.

Chuvas em setembro

Chuvas poderão ficar dentro da normalidade para todo o estado do Pará e Mato Grosso, com exceção da parte nordeste do estado.

Probabilidade de ocorrência de chuvas abaixo de média existe para uma área que engloba desde o litoral nordestino seguindo até a região do agreste potiguar, e passa pela região do agreste pernambucano, sertão alagoano, seguindo até a altura do nordeste baiano.

Existe maior probabilidade de que as chuvas ocorram dentro ou pouco abaixo da média em uma área que tem início no litoral, na altura de Campo dos Goytacazes, no Rio de Janeiro e segue até Minas Gerais na altura dos municípios de Viçosa e Muriaé, na Zona da Mata mineira; passa por Conselheiro Lafaiete, na região Metropolitana de Belo Horizonte; engloba toda a região do Campo das Vertentes, passa por Campo Belo, na região Oeste de Minas; por Varginha e Alfenas, no Sul de Minas, e segue até São Paulo na altura do município de São João da Boa Vista, passando por São Carlos, Tatuí e Itapeva, até chegar ao Paraná na altura do município de Jaguariaíva, passa por Ponta Grossa e São Mateus do Sul, chegando em Santa Catarina na atura do município de Canoinhas e Curitibanos, terminando no Rio Grande do Sul na altura de Vacaria, Caxias do Sul até o litoral da região metropolitana de Porto Alegre.

 

Leia mais sobre essa notícia no link abaixo

FAEMG



DEIXE SEU COMENTÁRIO

Caracteres Restantes 500

Termos e Condições para postagens de Comentários


COMENTÁRIOS

    Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

     
     
     
     

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo