Cultivos de feijão, sorgo e trigo foram prejudicados

Do FAEMG

A estiagem também afetou a safra de feijão em Minas Gerais. Segundo o 11º levantamento da Conab, o volume total produzido na safra 2015/16 será de 520 mil toneladas, volume 1,6% maior. Porém, a expansão poderia ser maior caso a produção na segunda e terceira safra não tivessem sofrido perdas em função do clima.

Após uma primeira safra 16,5% maior, com a colheita de 191 mil toneladas, a produção no segundo período recuou 4,2%, somando 150 mil toneladas. A falta de chuvas e o comprometimento dos mananciais fizeram com que na terceira safra, que é irrigada, fossem registradas novas perdas. A colheita prevista é de 178 mil toneladas, volume 6,6% menor. Devido à escassez hídrica, a área de cultivo foi reduzida em 6,8%, com o uso de 69 hectares.

Além da concorrência com o milho, a produção de sorgo em Minas Gerais foi afetada pela falta de chuvas. A área destinada ao cultivo ficou 5,6% menor com o uso de 151 mil hectares. A queda na produtividade foi o principal impacto negativa na expectativa de colheita. Devido à escassez hídrica, o rendimento por hectare caiu 37,3% com o volume estimado em 2,32 toneladas por hectare. A produção deve alcançar 351,7 mil toneladas, queda expressiva de 40,8%.

O trigo também sofreu os efeitos da seca e da concorrência com o milho. De acordo com os dados da Conab, houve redução na área plantada na ordem de 12%, caindo dos 82,2 mil hectares alcançados na safra passada para 72,3 mil hectares na atual safra. A produtividade foi estimada em 2,7 toneladas por hectare, 7,8% menor. A produção poderá alcançar 198,8 mil toneladas, o que representa uma redução de 18,9% em comparação com o ano anterior.

A produção mineira de algodão em caroço, 67 mil toneladas, ficou 1% menor, uma vez que a produtividade recuou 5% com rendimento médio por hectare calculado em 3,4 toneladas. No período, devido aos preços valorizados, a área de cultivo alcançou 19,6 mil hectares, aumento de 4,3%. A produção de pluma ficou em 26,8 mil toneladas, queda de 1,1%.

FAEMG