Postado em terça-feira, 2 de agosto de 2016
às 13:21
Acordo com os EUA favorecerá MG
De janeiro a junho de 2016, Minas Gerais exportou 52,6 mil toneladas de carne bovina, volume 18,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Do FAEMG
Após 17 anos de negociações, o tão aguardado comércio bilateral de carne bovina in natura entre Brasil e Estados Unidos foi finalmente anunciado e Minas Gerais é um dos estados que pode ampliar as negociações do produto. A oportunidade de exportar para o mercado norte-americano poderá impulsionar ainda mais as exportações do setor no Estado, que estão em alta. De janeiro a junho de 2016, Minas Gerais exportou 52,6 mil toneladas de carne bovina, volume 18,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
O acordo firmado na última sexta-feira, em Washington, durante o IX Comitê Consultivo Agrícola (CCA), reconhece a seriedade sanitária da produção nacional de carne, uma vez que o mercado do EUA é o mais exigente do mundo no que se refere às questões sanitárias e de qualidade.
A expectativa, além de poder embarcar volumes importantes para o país norte-americano, é abrir novas oportunidades de comércio, já que muitos países se baseiam nas regras americanas para autorizar as importações, como o Canadá e o México que, junto aos Estados Unidos, compõem o North American Free Trade Agreement (Nafta).
A estimativa inicial é que as exportações brasileiras para os EUA alcancem o montante de US$ 900 milhões em um ano, segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa. Os embarques devem começar 90 dias após a finalização dos trâmites administrativos.
“O acordo é muito importante para o Brasil e para Minas Gerais. Vale destacar que o mercado dos Estados Unidos é uma vitrine mundial para outros países. No Brasil, apenas o estado de Santa Cantarina, que é considerado livre da febre aftosa sem vacinação, estava habilitado para exportar carne in natura para os EUA. Minas Gerais, que possui o segundo maior rebanho bovino e esta livre da aftosa com vacinação, poderá aproveitar a oportunidade”, explicou o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa (Secretaria de Estado da Agricultura, pecuária e Abastecimento), João Ricardo Albanez.
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