Postado em segunda-feira, 1 de agosto de 2016
às 13:27
Crise desenha novo mapa do emprego em Minas
Os empregos ofertados não são de grande qualidade, mas ao menos apontam para um dinamismo de economias locais que caminham na contramão da crise.
Segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho, de janeiro a junho deste ano o setor agropecuário criou 50.118 vagas (admissões menos demissões). O montante é quase dez vezes maior que o de ensino, que aparece na segunda colocação, com 5.675 postos de trabalho criados. Em seguida, está a indústria calçadista, com saldo de 4.262 contratações.
Campeã
Maior polo de fabricantes de calçados de Minas, Nova Serrana, no Centro-Oeste do Estado, abriu 3.271 de janeiro a junho deste ano, o que deu à cidade o título de maior geradora de vagas no período, em Minas. Segundo o empresário e dono da Cromic, Júnior César Silva, que já ocupou o cargo de presidente do Sindinova (Sindicato da Indústria de Calçados de Nova Serrana), a mudança no portfólio tem ajudado a alavancar as vendas e, consequentemente, as contratações.
“Durante muitos anos, nosso forte eram tênis esportivos. Hoje, a produção é muito mais voltada para calçados femininos”, afirma. Silva diz ainda que, normalmente, as fábricas da cidade concedem férias coletivas em dezembro e janeiro, quando também acontecem demissões. A partir de março, a produção esquenta e há retomada nas contratações.
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