Postado em segunda-feira, 25 de julho de 2016 às 13:21

Aguardente e rapadura feitas com sorgo

O município, com forte predominância da agricultura familiar, tem tradição na produção de cachaça e rapadura artesanais, provenientes da cana-de-açúcar.


Do FAEMG

 

Um trabalho de pesquisa e extensão rural que uniu a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) e a Embrapa Milho e Sorgo conseguiu um resultado promissor na fabricação de aguardente e rapadura, tendo como matéria-prima o sorgo sacarino. A experiência aconteceu em uma pequena propriedade da comunidade rural Rio Pardinho, em Santo Antônio do Retiro, no Norte de Minas. O município, com forte predominância da agricultura familiar, tem tradição na produção de cachaça e rapadura artesanais, provenientes da cana-de-açúcar.
 
O teste, que ainda vai passar por mais uma etapa nesta safra, deve concluir o que os técnicos já começaram a observar: o sorgo sacarino pode ser mais uma alternativa para a produção desses mesmos produtos feitos de cana-de-açúcar. E, ao contrário da cana, cultura que precisa ser irrigada ou cultivada em baixadas úmidas e tem ciclo de 10 a 12 meses até a colheita; o sorgo tem ciclo curto (cerca de 4 meses) e resiste melhor a climas secos, devendo ser plantado no verão, durante o período chuvoso. Além disso, os subprodutos do processamento como o bagaço e os grãos do sorgo também podem ser utilizados na alimentação animal, o que agrega mais valor à cultura.
 
“Não queremos desvalorizar a cultura da cana, mas mostrar ao produtor que ele tem mais uma alternativa para a produção de rapadura e aguardente. Isso é importante para o Norte de Minas, que está na região semiárida, onde o volume de chuvas e a estiagem são fatores naturais que limitam as produções agrícolas. O sorgo sacarino tem maior resistência ao estresse hídrico”, explica o coordenador técnico regional de Janaúba, o engenheiro agrônomo André Caxito. De acordo com o coordenador, essa tecnologia que está sendo testada, mostrou num primeiro momento a possibilidade de produção e a próxima etapa deverá apontar como qualificar o produto para consumo. “A rapadura ficou salobra, mas estamos deduzindo que foi a terra. No final do ano plantaremos em outras áreas para compararmos a qualidade do produto final”, adianta Caxito.

 

FAEMG



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