Postado em segunda-feira, 25 de julho de 2016 às 13:19

Alimentos encarecem mais de 200% do campo à cidade

Os alimentos, que têm sido vilões da inflação em 2016, chegam bem mais caros à mesa dos mineiros do que saem das fazendas.


Do FAEMG

 

Os alimentos, que têm sido vilões da inflação em 2016, chegam bem mais caros à mesa dos mineiros do que saem das fazendas. A alta de preços depois que passam pelas porteiras pode ultrapassar a 200% em alguns casos. Custo do beneficiamento, do transporte e reflexos do mercado internacional são algumas das justificativas para a diferença. Mas há também um componente especulativo. Ou seja, alguns elos da cadeia produtiva acabam se beneficiando com altas margens de lucros em detrimento de outros.
 
Para se ter uma ideia da disparidade, dá para tomar como base o café. Para começar, o produto em grão tem barateado enquanto o beneficiado, que é vendido pelo varejo, segue no sentido contrário com alta de 5,8% entre janeiro e junho deste ano. Isso sem contar que os produtores venderam o quilo do café por R$ 8,16 em junho, enquanto no varejo ele foi encontrado pelo dobro (R$ 16,38).
 
A coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline de Freitas Veloso, explica que existe a influência dos custos do beneficiamento do grão, da logística envolvida para que ele chegue ao consumidor final e o impacto do mercado internacional, uma vez que a maior parte do café mineiro é exportado. Mas ela concorda que existe um movimento especulativo. Aproveitando a tendência de alta, parte dos envolvidos no processo, seja na indústria, no transporte ou no varejo, acaba aumentando os preços além do necessário.
 
“Quem forma o preço final são os industriais e atacadistas. Se o consumidor compra, o preço continua subindo, mesmo que além das necessidades reais”, afirma o superintendente de política e economia agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez. A única pressão contrária às altas é a redução do consumo.

FAEMG



DEIXE SEU COMENTÁRIO

Caracteres Restantes 500

Termos e Condições para postagens de Comentários


COMENTÁRIOS

    Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

     
     
     
     

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo