Postado em segunda-feira, 13 de junho de 2016

Brasil busca oportunidades no embarque de bois para abate

A crise que se arrasta na Venezuela – principal comprador de bois e búfalos vivos de Minas Gerais e também do Brasil – somada à turbulência da economia brasileira tem levado pecuaristas a apostar em novos destinos para as exportações de bovinos em pé


Do Portal do Agronegócio
Entre as principais apostas estão o Egito e a Turquia. Desde 2014, o embarque de animais para abate em território egípcio estava embargado em razão de diferentes interpretações dos dois países em relação a testes laboratoriais de febre aftosa. Em abril, o comércio bilateral foi retomado e, de acordo com especialistas do setor, abre-se, agora, uma janela para o negócio, com possibilidades de crescimento do Brasil nesse mercado.

A boa notícia foi anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em meados do mês passado. De acordo com o órgão, entre 2009 e 2014, o Brasil forneceu regularmente bovinos para abate no Egito. Naquele período, o país embarcou 75 mil cabeças de gado para o parceiro africano. No segundo semestre de 2014, as exportações foram interrompidas. Os exames para detecção da febre aftosa, alvo da suspensão das exportações brasileiras, integravam o protocolo firmado na época entre os parceiros comerciais. Os dois países passaram, então, a renegociar certificado veterinário que não impedisse o desembarque dos animais no Egito.

Bois embarcando

O acordo que permite a exportação de animais vivos para a Turquia foi fechado em 24 de agosto do ano passado. E os exportadores brasileiros não perderam tempo. Prova disso é que a AgroExport, única empresa mineira especializada na venda de animais vivos para o exterior, com sede em Uberaba, embarca amanhã 4.750 bovinos para engorda em fazendas de clientes turcos. Será a maior operação do tipo já feita por Minas, segundo o diretor da AgroExport, Alexandre de Castro Cunha Carvalho.

Entre 160 e 180 caminhões sairão do Triângulo Mineiro rumo ao Porto de São Sebastião, no litoral paulista. “Apesar dos riscos e do fato de ser um negócio ainda novo no Brasil, é um mercado interessante”, observa Carvalho, lembrando que outros dois destinos liberados recentemente também apresentam novas oportunidades para exportação: Iraque e Jordânia.

“Esse tipo de abertura fomenta a pecuária de uma maneira geral. Abrir o mercado é o que a gente sempre está procurando, pois se torna uma alternativa para os pecuaristas”, comenta o gerente de relações internacionais da Associação Brasileira de Criadores de Zebu, Mário Karpinskas Júnior. Ele diz que, a Venezuela, um dos principais compradores de bovinos vivos do Brasil, está há dois anos sofrendo forte crise econômica, que impactou nas importações do país e, consequentemente, atingiu o mercado brasileiro.

Portal do Agronegócio



DEIXE SEU COMENTÁRIO

Caracteres Restantes 500

Termos e Condições para postagens de Comentários


COMENTÁRIOS

    Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

     
     
     
     

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo