Postado em quinta-feira, 14 de abril de 2016
às 08:41
Pesquisadores mineiros desenvolvem alimentos mais saudáveis
Projetos realizados com o apoio da Epamig e Fapemig agregam propriedades aos alimentos, tornando-os mais funcionais
Imagine consumir um alimento em sua dieta diária que, apesar de ter o mesmo sabor e aparência de sempre, agora te fornece mais nutrientes do que o usual e ainda previne doenças? Pesquisas desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) buscam justamente isso: criar alimentos mais saudáveis, a partir da troca de componentes no processo produtivo ou do acréscimo de ingredientes naturais, por exemplo.
Em Juiz de Fora, no Território Mata, o Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) conduz pesquisas para aplicação na indústria de laticínios. Vinculado à Epamig, o instituto concluiu projeto que desenvolveu um queijo prato que previne doenças oculares.
“O queijo prato tradicional leva urucum como corante, mas, apesar de ser natural e não causar nenhum problema, o urucum também não traz benefícios. Pensei: por que não trocar o corante por outro que, além de dar a cor ao produto, também fosse bom para a saúde?”, conta a pesquisadora que coordenou o projeto, Denise Sobral.
A utilização do corante luteína na fabricação do produto foi testada e deu certo: os resultados apontaram a absorção de 6mg de luteína, quantidade diária necessária para a reposição dessa substância no organismo, em cada 100g de queijo. O mais importante, porém, é que a cor e o sabor do queijo prato não sofreram alterações.
Com propriedades antioxidantes, a luteína previne doenças e lesões oculares, como a catarata e a degeneração macular, doenças que podem levar à cegueira. Como a substância não é sintetizada pelo organismo humano, é necessário que seja suprida por meio da alimentação. “O próximo passo é tentar reter ainda mais a luteína no queijo, de forma que uma porção de 30g do produto já supra a quantidade diária necessária”, finaliza Denise.
Agricultura
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