Postado em terça-feira, 12 de abril de 2016
às 08:34
Produtores de frutas vermelhas estão de olho na expansão da área no sul de Minas
Produção de 25 toneladas ao ano é cultivada por apenas seis agricultores e atrai a atenção de novos parceiros
Trazidas de países de clima temperado, as frutas vermelhas têm ganhado destaque no mercado brasileiro. Simples de produzir e de alto valor agregado, a atividade tem chamado a atenção de agricultores de Bocaina de Minas (MG), onde a produção anual corresponde a 25 toneladas. Embora recente, o cultivo é desenvolvido por apenas seis agricultores no município, mas já contribui para consolidar a atividade na região. Entre as principais espécies cultivadas estão a amora preta, framboesa e mirtilo.
Em busca de uma vida mais calma e próxima da natureza, o casal carioca Maria Luiza e Romero trocou, em 2014, a vida agitada de quase duas décadas dedicadas ao setor privado no Rio de Janeiro pela calmaria da pequena propriedade no sul do Estado mineiro, onde características geográficas como altitude e clima frio são favoráveis para o plantio. Atualmente, eles são os principais produtores do município. Com um detalhe: tudo é orgânico e certificado.
“Compramos a propriedade em 2010, mas só mudamos de atividade depois de buscar muitas informações sobre fruticultura. Para todas as possibilidades fizemos campos experimentais: oliveira, physalis, framboesa, amora, morango, mirtilo. Depois das primeiras safras optamos pela amora preta e o mirtilo”, explica Maria Luiza.
A amora preta é a campeã de vendas. Com apenas dois hectares dedicados ao cultivo, os cariocas produzem aproximadamente 20 toneladas por ano e comercializam as frutas principalmente para restaurantes e indústrias dos Estados do Rio e São Paulo.
De olho no aumento da demanda, Maria Luiza e Romero financiaram cerca de R$ 100 mil do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para investir nas instalações para o cultivo abrigado de framboesas, na construção de uma unidade de processamento de geleias e em novos equipamentos. “Ainda não obtivemos o retorno do investimento mas temos a expectativa de conseguir a partir da safra de 2016/2017. Quando a casa de processamento estiver finalizada, poderemos agregar valor às frutas, lançar novos produtos e consolidar os clientes alvo”, explica.
No sítio Nova Vida, de Maria Luiza e Romero, a ordem é muito cuidado desde o plantio até a entrega para o consumidor. A colheita é feita manualmente por dez funcionários. Em seguida, as frutas são selecionadas, higienizadas e congeladas separadamente. Após a venda, é necessário o transporte refrigerado até o comprador. Tudo isso para garantir que as berries não sejam danificadas. Entre os principais custos de produção estão os gastos com transporte e energia elétrica, justificado pelo resfriamento e trânsito dos congelados.
Portal do Agronegócio
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