Postado em segunda-feira, 11 de abril de 2016
às 08:30
E mais uma vez o ‘SuperStar’ começa com falhas
As falhas, por sinal, parecem estar se tornando a marca registrada do programa.
Um acerto do ‘SuperStar’: ter mudado para o horário da tarde e poupado a galera de entrar a madrugada de segunda-feira diante da TV. No resto, me desculpem, mas foi um erro atrás do outro. As falhas, por sinal, parecem estar se tornando a marca registrada do programa.
Começou já na estreia da primeira edição, quando um erro no aplicativo de votação prejudicou visivelmente as primeiras bandas que se apresentaram. O bug do aplicativo se repetiu na estreia da segunda edição, com mais grupos não alcançando o quórum mínimo simplesmente porque as pessoas não conseguiam votar.
Daí rolou aquele episódio da banda Versalle, no qual ficou provado que o programa recorria, sim, ao playback. Fica muito difícil levar um talent show desse nível e com tantas falhas a sério.
Nesse domingo, na estreia da terceira temporada do programa, a coisa foi bem pior. O primeiro grupo a se apresentar, Fulô de Mandacaru, que executou seu forró muito profissionalmente, foi acintosamente prejudicado por um erro infantil de Daniela Mercury, que queria votar “sim” e acabou votando “não”. Quer dizer, além de não dar os pontos bônus que classificariam a banda, ela tirou votos da rapaziada.
Eu pergunto: não rola uma instrução de como acionar os botões de “sim” e “não”? Um teste para ver se está tudo ok, pelo menos? Os botões são tão parecidos assim? Para piorar a coisa, a produção, mesmo ciente do erro de Daniela, resolveu manter a votação como estava. Isso é o equivalente a um estelionato eleitoral.
Logo em seguida entrou no palco o trio feminino Katarinas. A julgar pela votação, o grupo não passaria, mas foi salvo pelo voto dos jurados. Um tratamento bem diferente ao que foi submetido o Fulô de Mandacaru.
Não vamos julgar aqui estilos musicais. Cada um tem seu gosto. Mas há fundamentos técnicos que são imutáveis. Cremos todos nós que desafinar deveria ser critério básico para desclassificação em uma votação de bandas musicais. A banda 161, por exemplo, ganhou o voto de Sandy, mas esta acrescentou na avaliação que o vocalista “poderia ter caprichado mais na afinação, porque deu uma derrapadinha…”
Yahoo
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