Postado em sexta-feira, 8 de abril de 2016
às 08:55
Produção de leite recua 7,59% em Minas
A produção de leite em Minas Gerais caiu 7,59% em fevereiro, o que permitiu a expansão de 4,43% nos preços líquidos recebidos pelos produtores ao longo de março
A retração no volume captado em período de safra se deve ao maior desestímulo do produtor, que está trabalhando com custos acima dos preços recebidos nas negociações do leite. A expectativa para abril é de nova valorização dos preços, já que a tendência é de oferta restrita de matéria-prima. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Assim como em Minas Gerais, onde a produção recuou 7,59% em fevereiro, a queda na captação foi percebida em vários outros estados produtores, fazendo com que o Índice de Captação de Leite do Cepea (Icap-L/Cepea), retraísse 4,58% na comparação com janeiro.
O índice de captação, que representa a média Brasil, é calculado com base nos resultados obtidos em Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Bahia, sendo este último o único estado que registrou aumento na captação ao longo de fevereiro. O recuo foi o mais intenso em 10 meses.
Para os pesquisadores do Cepea, a atual crise econômica pode reduzir os investimentos por parte dos produtores e, consequentemente, influenciar novas quedas na produção de leite.
Em Minas Gerais, a queda na captação foi provocada pelos altos custos de produção, puxados principalmente pelo milho, um dos principais insumos da alimentação do rebanho. Com a desvalorização do real frente ao dólar, as exportações do cereal foram alavancadas, o que limitou a oferta interna e provocou disparada nos preços. Enquanto a saca de 60 quilos era cotada em torno de R$ 30 no final de março de 2015, no mesmo período deste ano o volume foi negociado a R$ 45, variação positiva de 50%.
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