Postado em terça-feira, 5 de abril de 2016
às 08:50
Equipe da UFLA apresenta novas tendências da cafeicultura com destaque para a produção africana
A informação se tornou crucial para a competitividade de qualquer atividade econômica e com a cafeicultura não é diferente
O Bureau de Inteligência Competitiva do Café, do Centro de Inteligência em Mercados (CIM/UFLA), apresenta as tendências da cafeicultura no mundo através do Relatório Internacional de Tendências do Café, projeto que reuni, analisa e divulga dados e informações que permitem aos agentes da cadeia agroindustrial do café planejar e tomar melhores decisões.
Na edição de março, o relatório apresenta diversas informações na área de produção sobre a cafeicultura africana, como o aumento da demanda pelos grãos de alta qualidade do continente e a atuação de organizações sem fins lucrativos que ajudam os produtores do continente. Segundo o coordenador do Bureau e professor do Departamento de Administração da UFLA, Eduardo Cesar Silva, as informações coletadas nos últimos meses mostram que a cafeicultura africana, atualmente, não é tão competitiva quanto a do Brasil ou do Vietnã, os dois maiores produtores mundiais. De acordo com ele, a própria regulação do setor cafeeiro definida pelos governos dos países africanos prejudica a produção, mas como a cafeicultura é uma importante fonte de renda para milhões de produtores africanos, muitas organizações investem em treinamento para que os produtores produzam mais e melhor e criam projetos sociais nas comunidades.
Na seção que analisa as tendências do café industrializado, a analista do projeto e discente da UFLA, Acsa Gusmão, destaca um fato novo que merece atenção: “a proibição da compra de café em cápsulas pelos órgãos da administração pública de Hamburgo, na Alemanha”. A justificativa para tal medida foi a dificuldade que existe atualmente para reciclar essas cápsulas, que são cada vez mais consumidas em todo o mundo. Para a analista, esta decisão pode influenciar os políticos de outras cidades europeias e reflete uma preocupação crescente com lixo gerado pelo uso das cápsulas. Por outro lado, as empresas do setor estão investindo em programas de reciclagem e cápsulas biodegradáveis.
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