Postado em terça-feira, 15 de março de 2016
às 08:59
Grupo de mulheres do Jaíba vence dificuldades para investir na horticultura orgânica
D. Marcolina, 82 anos, e Ana Gomes têm sonhos realizados, atuando com o grupo "mulheres da horta"
Durante o mês de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, serão publicadas reportagens, abordando experiências exitosas de mulheres, cujo trabalho contribui para a melhoria da qualidade de vida no seu meio social. Abrimos a série com este trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) com um grupo de 13 mulheres, que cultivam hortaliças no município de Jaíba, Norte de Minas Gerais, que está chamando atenção na região.
As conquistas das produtoras foram desde a melhora na produção e renda, até na qualidade de vida delas e familiares, que aprenderam a trabalhar coletivamente e a ter acesso a bens como bicicletas, motos e carros. Tudo isso, graças ao trabalho em uma área de três hectares onde são produzidas 20 tipos de hortaliças, comercializadas em dez estabelecimentos da cidade, entre restaurantes, lanchonetes, açougues, feira livre e varejo.
O trabalho da Emater-MG com o grupo, conhecido como “as mulheres da horta”, começou há nove anos. Ele foi o vencedor estadual do “Destaque MelhorAção” de 2015, um concurso promovido pela empresa para reconhecer as melhores iniciativas desenvolvidas pelos seus funcionários. O envolvimento dos técnicos da Emater-MG com as agricultoras surgiu quando algumas delas, que cultivavam hortaliças há anos, na beira do rio Verde Grande, procuraram o escritório da empresa. “O grupo vinha constantemente recebendo notificações e multas da polícia ambiental, por ser um local impróprio para o cultivo das hortaliças”, conta a extensionista da Emater-MG Mônica Rodrigues.
Segundo a técnica, surgiu nessa época a ideia de adquirir um terreno onde as mulheres pudessem cultivar, sem agredir o meio ambiente, ou seja, de forma sustentável. Seu colega da Emater-MG, o também extensionista agropecuário Manoel Dias, que iniciou todo o processo de assistência e orientação às horticultoras, posteriormente tocado pela Mônica e Luciana Cangussu, conta que, depois de saírem das margens do rio, as mulheres conseguiram com a ajuda da Emater-MG, uma área. “Conversamos com um produtor que cedeu um terreno e com a prefeitura que deu acesso à água para ser usada na irrigação. Iniciamos com hortaliças sem agrotóxicos”.
Agricultura
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