Postado em quarta-feira, 2 de março de 2016
às 08:49
Educação sanitária tira agroindústria familiar da informalidade e fomenta negócios
Para este ano, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) prevê 40 cursos para mais de 500 agricultores familiares
O apicultor João Bosco de Assis, dono de uma agroindústria de mel, em Bom Despacho, no Centro Oeste de Minas, está sempre antenado com as exigências da legislação sanitária e do mercado. Ele sabe que adotar boas práticas é essencial na qualidade do produto e abre portas para a comercialização.
João é também um dos frequentadores assíduos dos cursos gratuitos de boas práticas de fabricação e educação sanitária oferecidos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas) e o Instituto Ernesto Antônio de Salvo (Inaes).
Foi justamente nesses cursos de capacitação que o apicultor ampliou os conhecimentos sobre os cuidados no uso de utensílios, manuseio e limpeza dos equipamentos, forma correta de fazer a coleta das caixas de mel, centrifugação e transporte do produto. “Com esses conhecimentos a gente passa a produzir com mais qualidade”, afirma o produtor.
Agregação de valor e abertura de mercado
A agroindústria familiar de João Bosco possui 700 colmeias, de onde são retiradas de 10 a 20 toneladas de mel por ano. As boas práticas garantiram à agroindústria uma permissão provisória para a comercialização de mel em todo o estado. Além disso, o apicultor está perto de conseguir do IMA o registro definitivo de habilitação sanitária. O processo está na fase final.
As adequações agregaram valor ao mel, que já possui selo de produto orgânico. Outro benefício foi a abertura de mercado comprador. A agroindústria familiar de João Bosco vende parte da produção de mel para o Programa Nacional de Alimentação escolar (PNAE) e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, e o restante vai para uma indústria brasileira de exportação.
Agricultura
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