Postado em segunda-feira, 4 de janeiro de 2016 às 11:42

Chuva intensa ditará resultado da agricultura


No primeiro semestre de 2016, o campo deve continuar sentindo os efeitos do fenômeno climático El Niño, que provoca chuvas acima da média na região Sul do país. Os prognósticos indicam que o atual El Niño _ causado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico _ pode ser tão forte quanto o de 1997/1998, um dos mais intensos já registrados. Seca no Nordeste e enchentes no Sul foram as consequências no Brasil, naquela época e se repetem hoje.

De acordo com o meteorologista Flávio Varone, da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), a tendência é que fenômeno enfraqueça ao longo dos próximos meses, pois atingiu seu pico na primavera. Mesmo assim, o Rio Grande do Sul pode seguir registrando precipitações com volumes elevados. Conforme Varone, os eventos serão mais curtos _ o que significa menos dias consecutivos de chuva. A situação deve perdurar ao longo do primeiro semestre de 2016. Para o segundo, as projeções indicam, principalmente no inverno, período de neutralidade no Estado, o que pode finalmente colaborar com a safra de trigo, após perdas consecutivas nos últimos anos.

Apesar de ter provocado dificuldades na implantação das lavouras, o El Niño não é motivo de preocupação para as culturas de sequeiro, como milho e soja. Segundo o agrônomo da Emater Alencar Paulo Rugeri, no Rio Grande do Sul, tradicionalmente, é a falta _ e não o excesso de chuva _ que faz acender a luz amarela. Ele diz lembrar de apenas uma safra, a de 1983/1984, em que houve quebra na produção devido às intensas precipitações. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra gaúcha de grãos atingirá 30,2 milhões de toneladas, um recuo de 4,4% em relação ao ciclo anterior. A expectativa é de que esses números sejam revisados para cima nos próximos levantamentos.

Influência do El Niño, o excesso de chuva durante a primavera irá provocar prejuízo na produção do arroz.

A redução na colheita do Rio Grande do Sul, principal Estado produtor, é estimada em 5,7%, de acordo com dados da Conab, e é atribuída ao grande atraso no plantio. Esse percentual, contudo, ainda pode aumentar. A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado, calcula recuo de 15%, uma colheita de 7,3 milhões de toneladas do grão.



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