Postado em sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
às 16:12
Soja sofre redução no teor de proteína ao longo do tempo
O recebimento de lotes de soja com teores de proteína cada vez menores tem sido uma reclamação frequente dos fabricantes de ração animal, que usam o farelo da leguminosa como matéria-prima
Do Portal do Agronegócio
O pesquisador Antonio Eduardo Pípolo, da Embrapa Soja (PR), conta que até o final da década de 1990, o Brasil produzia facilmente o farelo de soja com 46% de proteína, e em algumas regiões o farelo com 48%. Devido à queda da qualidade da matéria-prima, esses teores de proteína no farelo não são mais facilmente conseguidos. "Se os teores de proteína no farelo não atingem os valores contratuais a carga pode ser devolvida ou sofre deságio", explica o cientista.
O levantamento revelou que a média de proteína (em base seca) é de 36,22% no Rio Grande do Sul; de 37,23%, em Santa Catarina; de 36,29%, no Paraná; de 36,46%, em Mato Grosso do Sul; de 35,47%, em São Paulo; de 35,83%, em Minas Gerais, de 35,56%, em Goiás, de 35,63%, em Mato Grosso e de 36,13%, na Bahia. "O desejável é que o grão de soja tenha, ao menos, 36% de proteína e 14% de umidade para garantir a produção de farelo com teores de proteína adequados", revela Mandarino. "No entanto, observamos por esse levantamento que, nessa safra, de fato, os índices brasileiros estão no limite e em alguns estados abaixo do ideal", explica.

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