Postado em terça-feira, 15 de abril de 2014
às 03:59
Líder do governo crítica coordenador do Sindicato e chama atitude do sindicalista de “palhaçada”
As críticas foram durante a sessão legislativa de segunda.
Alessandro Emergente
O líder do governo na Câmara Municipal, Francisco Rodrigues da Cunha Neto (Prof. Chico/PDT), fez duras críticas ao coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alfenas (Sempre Alfenas), Wagner Soares. As críticas foram durante a sessão legislativa de segunda-feira.
O pedetista chegou a chamar de “palhaçada” as atitudes do sindicalista, que – na avaliação dele – não é digno de representar o funcionalismo. As críticas do vereador são, segundo ele, devido o representante do Sindicato tentar “ridicularizar” o prefeito Maurílio Peloso (PDT) com o estereótipo de “dona de casa” e de imitar uma dificuldade do chefe do Executivo ao verbalizar.
Durante as manifestações dos servidores, Soares vestiu-se de dona de casa e chegou a varrer a sacada da prefeitura numa alusão a Maurílio, que – durante a campanha eleitoral de 2012 – dizia que iria cuidar da cidade como uma “dona de casa”. Após assumir o governo, adversários e críticos passaram a ironizar os bordões de campanha.
Prof. Chico disse que apoia as reivindicações dos servidores, mas que o sindicalista “extrapolou” a sua função. “Ele não é digno de estar representando o servidor”, atacou e provocou: “O que esperar de uma pessoa que se orgulha, se vangloria do apelido que tem”.
Enquanto o vereador discursava, o sindicalista chegou à Câmara Municipal, se acomodou na plateia e passou a acompanhar as críticas. Logo em seguida, Soares foi até o saguão, mostrando-se extremamente irritado com o discurso do parlamentar.
Momentos depois policiais militares foram acionados e passaram a acompanhar a reunião. O temor de algumas pessoas é que houvesse confusão no local, o que não se confirmou. Convencido por outras pessoas, o sindicalista deixou a Câmara Municipal antes da sessão legislativa terminar.
Em votação
Durante a sessão três projetos de lei foram aprovados, sendo um deles em 2ª votação. Trata-se da proposição, apresentada por Prof. Chico, que regulamenta normas de prevenção e combate a incêndios.
Em 1º turno, os vereadores aprovaram um projeto de lei, apresentado por Antônio Carlos da Silva (Dr. Batata/PSB), que dispõe sobre afixação de banners, cartazes ou placas nos órgãos públicos municipais com avisos sobre economia de bens de uso, de preservação do meio ambiente e combate à drogas.
Mais 10%
Outro projeto, aprovado em 1º turno, autoriza a prefeitura a conceder um acréscimo de 10% aos servidores no mês de maio. A proposição refere-se a um aumento de 4,1% e uma reposição de 5,9% devido à inflação dos últimos 12 meses.
O acordo, que culminou com o fim da greve na semana passada, foi criticado pelo petista Vagner Morais (Guinho), que considerou a proposta insuficiente. Lembrou que o “vale alimentação” não foi garantido no acordo e que o aumento irá impactar pouco para os servidores de menor remuneração.
Guinho disse que o atual governo não vem cumprindo progressões por qualificação no caso da Guarda Municipal. Ele refere-se a um curso, oferecido pela prefeitura, ao qual os GMs foram submetidos com direito a um acréscimo de 20% sobre os vencimentos. Mas após finalizado, a atual gestão não cumpriu com o enquadramento dos servidores na nova escala de pagamento.
Durante a reunião, a maioria dos vereadores rejeitou o uso da tribuna por Juquiel dos Santos, o que não estava na pauta. A alegação dos vereadores contrários é que somente casos excepcionais justificaria o uso da tribuna sem inscrição prévia, porém Santos deixou a reunião dizendo que sua inscrição aguarda deliberação desde janeiro.
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