Postado em sábado, 15 de fevereiro de 2014 às 12:17

Nível do Lago de Furnas fica abaixo da cota 762 e é um dos menores dos últimos 13 anos

Com apenas 46,26% do volume útil, o Lago está também abaixo da cota 762.


Da Redação

O nível do reservatório de Furnas é um dos menores desde 2001 nessa época do ano. Com apenas 46,26% do volume útil, o Lago está também abaixo da cota 762, o mínimo reivindicado pela região para que não haja prejuízo às atividades econômicas em torno do reservatório. Os dados são da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

Nos últimos 13 anos, o nível do Lago só supera o registrado no ano passado e em 2001, quando o volume útil chegou a 32,25% e 23,55%, respectivamente. Na época, o governo federal decretou o racionamento de energia elétrica. Desde então, o reservatório passou a operar com níveis bem superiores nessa época do ano.

Nos dois últimos anos, o Lago de Furnas operou com níveis reduzidos, o que provocou mudanças nas paisagens da região. Em 2013, nessa mesma época do ano o volume útil do reservatório ficou em 32,25%, segundo a ONS.  

A situação chamou a atenção e provocou mobilização de lideranças políticas da região. O deputado estadual Pompilio Canavez (PT) chegou a se reunir com o diretor-geral da ONS, Hermes Chipp, que se comprometeu a vir até a região discutir o assunto, o que ainda não aconteceu

Abaixo da cota

De acordo com o boletim mais recente da ONS (Operador Nacional do Sistema), o lago está com 760 metros acima do nível do mar, dois metros abaixo da cota 762. Com isso, investimentos turísticos, aproveitando o lago, ficam prejudicados com a situação.

O problema começou a aparecer no final de 2012, quando o Lago de Furnas já registrava níveis abaixo do desejado. Em entrevista concedida à imprensa em dezembro, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica de Furnas, Fausto Costa, informou que o lago estava com 48% da capacidade, quando o mínimo aceitável para aquela época do ano seria 60%.

Em janeiro de 2012, a represa estava a 764 metros acima do nível do mar e baixou cerca de 11 metros até o fim do ano, levando prejuízos para pescadores e para quem vive do turismo nas 34 cidades banhadas pela represa no Sul de Minas.

As explicações para a queda do nível do lago foram a pouca quantidade de chuva no ano passado e a necessidade de geração de energia em outras hidrelétricas ao longo do Rio Grande. Com isso, foi preciso utilizar a água da represa, mas até hoje a situação ainda não voltou ao normal e ainda faltam oito metros para o lago atingir a cota máxima, que é de 768 metros acima do nível do mar.



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