Postado em quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Câmara confirma projeto que acaba com eutanásia de cães
A Câmara Municipal aprovou, em 2º turno, o projeto de lei que coloca fim a eutanásia de cães em Alfenas.
Alessandro Emergente
A Câmara Municipal aprovou, em 2º turno, o projeto de lei que coloca fim a eutanásia de cães em Alfenas. Várias pessoas, ligadas a movimentos de defesa dos animais, compareceram a reunião desta quarta-feira para acompanharem a votação.
Sander Simaglio (PV), autor do projeto, disse que a cidade estava vivendo um “momento histórico”, uma vez que a futura lei nasce da manifestação expressa da comunidade. O projeto foi protocolado pelo parlamentar após a Associação São Francisco de Assis (Asfa) encaminhar um abaixo-assinado com 3 mil nomes pedindo o fim da eutanásia.
Além disso, segundo o vereador, vários e-mails foram encaminhados à Câmara manifestando o desejo da população.
Sander ainda lembrou as tentativas anteriores de aprovar um projeto de lei acabando com a eutanásia, mas os projetos foram rejeitados e arquivados. Fez uma homenagem aos autores dos projetos anteriores: o ex-vereador Eliacim do Carmo Lourenço (PCdoB) e o atual vereador Evanílson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS).
Desta vez, o projeto não teve resistências em plenário e foi aprovado sem nenhum voto contrário. Mais detalhes sobre o conteúdo do projeto confira na reportagem anterior que informou a aprovação da proposição em primeira votação.
Durante a semana, o prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT) confirmou à reportagem que vai sancionar o projeto de lei, mas disse que já há uma parceria com a Unifenas (Universidade José do Rosário Velano) para a esterilização de cães.
Outros seis projetos de lei foram aprovados, sendo cinco deles em segundo turno. Um outro projeto, aprovado em único turno, autorizou o município a doar um terreno, recebido da empresa S/A Rachid B. Saliba, ao Estado de Minas Gerais para a construção de uma escola. Leia a reportagem aqui
Denúncia
O vereador José Batista Neto (PMDB) aproveitou a sessão para denunciar agressão de dois policiais a um homem. O vereador disse ter presenciado um homem “aparentemente idoso” sendo “brutalmente agredido” por dois policiais no último dia 9 na avenida Lincoln Westin da Silveira. “Esse cidadão se encontra na cama com as costelas quebradas”, afirmou.
O parlamentar disse que o agredido é um pedreiro e pediu ao comando da Polícia Militar a apuração da denúncia. Jairo Campos Neto (Jairinho/PDT) recomendou o encaminhamento de um ofício da Câmara Municipal ao comando da PM solicitando a abertura de uma sindicância.
Foto: Arquivo
O vereador José Batista Neto (PMDB) que pediu ao comando da PM a apuração da denúncia
José Batista classificou a cena da agressão como “um filme de terror” que teria envolvido, segundo ele, até atos de tortura como queimar o pé do homem que seria suspeito de tráfico de drogas. Segundo o vereador, o pedreiro foi levado para a Delegacia e liberado por falta de provas.
Um outro homem que teria tentado intervir no momento da agressão teria sido, segundo o vereador, ameaçado por um dos policiais que lhe apontou a arma. “A agressão é em nome do Estado”, disse Sander que recomendou à família da vítima que fosse proposta uma ação indenizatória.
O presidente da Câmara Municipal, Vagner Morais (Guinho/PT), disse que a Câmara vai exigir do comando da PM a apuração e a punição. Afirmou ainda que faz questão de dizer o nome dos dois policiais após a conclusão da sindicância. “A polícia não pode pagar por causa de meia dúzia de maus policiais”, declarou.
Carnalfenas
Guinho também criticou a Polícia devido os abusos ocorridos durante o Carnalfenas sem punições. Citou que jovens dirigiram embriagados colocando em risco a vida de outras pessoas. “O que tinha de gente colocando a vida dos outros em risco nesses carrões importados. Vem (para Alfenas) usar droga, beber cachaça e dirigir sem nenhuma responsabilidade”, disse.
O vereador ainda afirmou que os excessos incluem atentado ao pudor e citou que jovens tiraram a roupa na feira livre de domingo na frente das famílias. “Homem andando de sunga e de cueca na frente da polícia e ninguém faz nada”, questionou.
O presidente da Câmara Municipal assumiu a que o própro Legislativo tem uma parcela de culpa ao não elaborar um projeto de lei que exija dos organizadores de eventos que invista em segurança.
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