Postado em sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Estatística revela queda da mortalidade infantil em Alfenas
Dados da Secretaria Municipal de Saúde revelam uma queda no número de óbitos infantis (de zero a um ano) em Alfenas.
Alessandro Emergente
Dados da Secretaria Municipal de Saúde revelam uma queda no número de óbitos infantis (de zero a um ano) em Alfenas. A média anual tem sido de 12 mortes. Este ano, até o momento, um óbito foi registrado.
Embora os dados não estejam consolidados, faltando dois meses para o final do ano, a tendência é de uma queda expressiva. Se permanecer a estatística atual, a queda registrada em relação a 2010 é de 92,4%, uma vez que foram 13 mortes no ano passado.
Desde 1999, estatística disponibilizada no site da prefeitura, o menor número de óbitos de crianças até um ano havia sido de oito casos, em 2004 e 2008. Portanto, faltando dois meses para o encerramento do ano, somente uma alteração incomum poderia impedir a tendência de registar o menor número de óbitos em 11 anos.
Taxa de Mortalidade
Em 2001, a taxa de mortalidade até o momento é de 1,8%. No ano passado foi de 13,5%. O maior registrado nos últimos 11 anos foi em 2000 quando alcançou 31,4%.
Esta taxa é definida com base em cada mil crianças nascidas-vivas. Ou seja, bebês que já nascem mortos não são computados nesta metodologia seguida do Ministério da Saúde.
Os dados de 2010 do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde ainda não estão consolidados. Revelam, segundo técnicos da Divisão Epidemiológica do município, que em 2010 a taxa de mortalidade infantil no Brasil foi de 13,85% e em Minas Gerais de 13,5%. Os últimos dados consolidados são de 2009: 14,8% no Brasil e 3,9% em Minas Gerais.
Rede Pública
A queda na estatística é comemorada pela Secretaria Municipal de Saúde. O prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT) atribui o resultado a uma intervenção do município através do Programa de Acompanhamento à Gestante (Page).
Na rede pública, o índice de 1,8% cai para zero. No único caso de óbito, registrado em 2011, o pré-natal foi feito na rede de assistência particular.
Criado há cerca de um ano e meio, o Page é desenvolvido em uma ação conjunta entre quatro secretarias: Educação e Cultura; Habitação e Participação Popular; Sáude e Ação Social. Em cada uma delas são desenvolvidas ações que colaboram com o resultado final do programa.
São ações que vão desde a reforma de residências, melhorando as condições de vida da família e afastando riscos à saúde, até a apoio assistencial alimentar. “Em muitos casos tivemos que intervir radicalmente”, explica Luizinho.
As mães são acompanhadas durante toda a gravidez. Após nascimento, mãe e criança são acompanhadas por três meses, logo após o parto, pois existe o risco de depressão pós-parto ou pode vir a precisar de algum remédio.
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