Postado em segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Polêmica sobre trevo volta a ser debatida entre os vereadores
“Foi mentira, mas por uma causa justa”. A frase é do líder do Governo na Câmara, Vagner Moraes (Guinho/PT), sobre uma verba de R$ 5 milhões para construção do trevo.
Alessandro Emergente
“Foi mentira, mas por uma causa justa”. A frase é do líder do Governo na Câmara, Vagner Moraes (Guinho/PT), sobre o anúncio de uma verba de R$ 5 milhões para construção de um trevo com viaduto em Alfenas, o que não acontecerá. O assunto voltou a dominar o debate entre os vereadores na sessão legislativa desta segunda-feira.
O anúncio feito em 2005 e não cumprido foi alvo de intenso debate na semana passada. Nesta segunda-feira, o tema voltou a dominar o debate.
>>Veja os projetos aprovados durante a sessão
De acordo com o líder do Governo, o recurso que havia sido liberado pelo Governo Federal foi remanejado para o recapeamento do asfalto no trecho entre Alfenas e Areado devido a má condição da rodovia.
A liberação de R$ 5 milhões para construção de um trevo com trincheira chegou a ser anunciada pelo ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutra e Transporte) em Minas Gerais, Alexandre Silveira com o prefeito Pompilio Canavez (PT). “Ele (Silveira) queria era os votos de Alfenas”, disse Sander Simaglio (PV) sobre o ex-diretor do Dinit em Minas que foi candidato a deputado.
Foto: Alessandro Emergente
O vereador Vagner Moraes (Guinho/PT) disse que dinheiro do Trevo foi remanejado para outra obra realizada pela empreiteira Tamasa
Sander afirmou que recebeu uma ligação telefônica do vice-prefeito, Luiz Antônio da Silva (Luizinho), na quarta-feira passada informando-o sobre as obras que serão realizadas no trevo. O recurso, R$ 850 mil, destinado a obra é bem menor que o anunciado anteriormente.
A explicação dada por Guinho foi diferente da utilizada na semana passada quando garantiu que o trevo anunciado iria ser feito. “O que o senhor está me falando é o contrário da semana passada”, disse o parlamentar do PV.
Mesmo com a explicação dada pelo líder do Governo em plenário, outro petista, Antonio Anchieta de Brito (Cheta), continuou insistindo que o trevo anunciado seria feito.
O petista usou a expressão “comer o dinheiro” para definir a não realização da obra. “Você (Sander) tem a obrigação de dizer quem comeu o dinheiro. Questiona o Dnit, de certo foi ele que comeu”, declarou.
Sander disse que Cheta não estava entendo o debate. Na sequencia, Guinho voltou a explicar que o recurso foi remanejado para outra obra e Cheta não se manifestou mais.
Fotos: Alessandro Emergente
Os vereadores Sander Simaglio (PV) ao ler ofiícios e o petista Antônio Anchieta de Brito (Cheta). Ambos divergiram em plenário
Outro aspecto levantado é o fato de que uma vez empenhado o recurso, como anunciado, o valor não pode ser utilizado em outra finalidade. Um oficio deve ser enviado ao Dnit questionando o assunto.
A sessão foi presidida pelo vice-presidente da Câmara, Evanílson Pereira (Ratinho/PHS), devido a problemas de saúde do presidente Jairo Campos (Jairinho/PDT).
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