Postado em segunda-feira, 11 de maio de 2009
Uso da Praça de Esportes é alvo de questionamentos de sócios
A reunião legislativa que seguia amena ficou tensa com o uso da Tribuna Livre. O presidente da Fundação Pró-Esporte acusou o vice-prefeito de autoritarismo.
Alessandro Emergente
A reunião legislativa desta segunda-feira que seguia tranquila ficou tensa com o uso da Tribuna Livre. O presidente da Fundação Pró-Esporte, Ivan Passos Vinhas, acusou o vice-prefeito, Luiz Antônio da Silva (Luizinho), de autoritarismo e arbtrariedade por impor o uso da Praça de Esportes por alunos da rede pública nos finais de semana sem diálogo prévio com a entidade gestora do local.
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Com apenas um requerimento na pauta de votação, a sessão seguia sem polêmicas até o uso da Tribuna Livre pela cidadã Vera Lúcia Leitão Magyar. Uma das associadas da Praça de Esporte, ela questionou o uso do local por alunos da rede pública nos finais de semana o que impossibilitaria a presença dos sócios. Criticou a prefeitura por não comunicar os associados sobre o novo termo de uso.
Foto: Henrique Higino
Uso da Tribuna Livre esquenta o clima da reunião de segunda-feira. Ao fundo, o secretário de Governo, Antônio Carlos Esteves, ao deixar o plenário aos gritos
Na platéia, o presidente da Fundação Pró-Esporte solicitou o uso da Tribuna para fazer esclarecimentos. Fez duras críticas ao vice-prefeito a quem classificou de autoritário por desrespeitar um acordo entre a Fundação Pró-Esporte, gestora do local, e a Secretaria de Esporte sobre o uso do espaço por jovens da rede pública de ensino.
Clima Tenso
O clima ficou tenso quando Vinhas disse que iria representar no Ministério Público (MP) contra o vice-prefeito por arbitrariedade. Bastante irritado, o secretário de Governo, Antônio Carlos Esteves Pereira, levantou-se e começou a gritar em protesto a fala do presidente da Fundação Pró-Esporte.
Com o dedo apontado e diferente de seu comportamento moderado, Antônio Carlos deixou o local aos gritos. Ainda no hall de entrada da Câmara, o secretário continuou gritando que Vinhas tinha que “criar vergonha na cara” por ser contrário a um projeto que envolve crianças.
Vinhas disse ser favorável ao projeto que instituiu o Ceme (Centro Esportivo de Educação Celso Moura Leite) dando acesso ao local aos alunos da rede pública. Afirmou, inclusive, que conseguiu material esportivo para o projeto junto ao Ministério do Esporte.
O problema, segundo ele, é que o termo de uso estaria sendo feito de forma unilateral pela municipalidade. O acordo inicial seria liberar a utilização do espaço para os estudantes no decorrer da semana e nos finais de semana aos associados.
No entanto, este acordo estaria sendo desrespeitado por iniciativa do vice-prefeito - acusou. Segundo Vinhas, o espaço estaria sendo utilizado por jovens sem a exigência de atestado médico e sem nenhum planejamento.
Gestão do local
A Fundação Pró-Esporte é a responsável pela gestão do local, que pertence ao patrimônio público. Segundo Vinhas, são cerca de 600 associados que contribuem mensalmente com R$ 30 para manutenção do espaço de lazer, além do pagamento de uma “jóia” (adesão) no valor de R$ 400. No entanto, devido aos problemas nos últimos seis meses metade dos sócios deixaram de freqüentar a área de lazer.
A Fundação Pró-Esporte foi formada em 2002 para gerir a Praça de Esportes o que foi autorizado pela Lei nº 3.555/2002 e regulamentado pelo Decreto nº 966/2005, segundo informações de Vinhas. Ele afirma que os sócios investiram, por meio de contribuições, cerca de R$ 200 mil no local com uma contrapartida de R$ 5 mil durante o governo de José Wurtembeg Manso (Beg).
Na atual administração, o representante da Fundação Pró-Esporte afirmou que não houve nenhuma contribuição financeira do poder público. Confirmou, porém, o auxilio com a disponibilização de funcionários como monitores e e profissionais para o serviço de limpeza.
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