Postado em segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Clima tenso marca segunda reunião dos novos vereadores

Requerimento rejeitado, bate boca em plenário e manifestações exaltadas na platéia. Este foi o clima da segunda sessão legislativa de 2009


Alessandro Emergente

Requerimento rejeitado, bate boca em plenário e manifestações exaltadas na platéia. Este foi o clima da segunda sessão legislativa de 2009, realizada na noite desta segunda-feira.

Logo que foi concedida a palavra aos vereadores, o clima de pouca diplomacia se revelou. Num estilo truculento, o vereador Vagner Morais (Guinho/PT) classificou uma das indicações de Sander Simaglio (PV) como “oportunista ou mal informada”.

Na indicação, Sander solicitava que fosse gramado o campo de futebol do bairro Campos Elíseos. Guinho argumentou que a prefeitura já começou a tomar providências no local.

Polêmica

Mas a maior polêmica da noite ainda estava para ser travada. O tema em questão: a participação da prefeitura com repasses financeiros à ONG (Organização Não-governamental) Vida Viva. Guinho criticou o discurso de Sander no sábado durante a inauguração do Centro de Apoio e Prevenção do Câncer. Na ocasião, o vereador do PV havia dito que a prefeitura não repassou recursos à entidade.

José Batista Neto (PMDB), presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), apresentou dados de repasse do município a ONG. Segundo ele, foram repassados R$ 143,7 mil nos últimos quatro anos. Sander afirmou que seu discurso no sábado se referia ao valor aplicado na obra e que os repasses apresentados por José Batista são para transporte de pacientes, o que – afirmou - já é obrigação do município.

À reportagem, no sábado, o presidente da ONG, Mério Rodrigues Alves, disse que a transferência de recursos financeiros pelo município foi “zero”. Após a publicação da reportagem, Mério postou comentário no Portal afirmando no orçamento de 2008 constava cerca de R$ 45 mil em subvenção para a Vida Viva, mas que “não há notícia de qualquer valor liberado”. Também confirma um convênio com a prefeitura no valor de R$ 52 mil para transporte de pacientes até outros municípios.

A discussão em plenário foi acompanhada de aplausos, vaias e manifestações exaltadas da platéia. No final da sessão, uma pessoa que estava na platéia levantou-se e deixou o plenário aos gritos de protesto contra a atuação de alguns vereadores. Foi só o resumo de uma sessão tumultuada e tensa que o presidente Jairo Campos (Jairinho/PDT) não conseguiu controlar.

Informação Rejeitada

Outro momento de tensão entre os vereadores e na platéia foi a rejeição de um requerimento de Sander, no qual ele pedia informações sobre a folha de pagamento. Questionava três itens: 1) o percentual acumulado concedido a título de recomposição salarial ao funcionalismo público nos últimos quatro anos; 2) se existe lastro financeiro para a próxima recomposição salarial a ser concedida ao funcionário público e previsão de sua efetiva realização? e 3) Quais os valores realizados nos exercícios financeiros dos últimos quatro anos?

Apenas Sander e Evanilson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS) foram favoráveis. Hesse Luiz Pereira (PSDB) não compareceu a reunião devido a morte de um irmão. Guinho, José Batista e Antônio Anchieta de Brito (Cheta/PT) defenderam a rejeição do requerimento. Batista argumentou que as informações solicitadas já são de seu conhecimento o que não justificaria a aprovação do pedido.

Oriundo da coligação oposicionista e tido por muitos no meio político como vereador de oposição, Enéias Ferreira de Rezende (PRTB) manifestou-se contrário ao requerimento e engrossou o discurso da base governista. Marco Antônio de Souza (Marcos da Santa Casa/PPS), outro eleito pela oposição, também votou contra o requerimento.

 



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