Postado em quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Câmara revela mais equilíbrio entre Governo e Oposição
A composição partidária da futura Câmara revela um equilíbrio maior entre as forças políticas em relação a atual, quando o Governo conseguiu ampla maioria.
Alessandro Emergente
A composição partidária da futura legislatura revela um equilíbrio maior entre as forças políticas em relação a atual. Seis dos dez vereadores eleitos saíram da coligação “Alfenas que Queremos”, em apoio ao prefeito reeleito Pompilio Canavez (PT), o que resulta na maioria partidária, mas nem sempre esta composição garante, na prática, uma base sólida.
A nova bancada petista (Maria José Souto Camilo/Zezé, secretária do Dr. Boaventura; Vagner Moraes/Guinho e Antonio Anchieta Brito/Cheta) e a do PDT (Jairo Campos) e do PMDB (José Batista Neto) devem garantir a base mais consistente para que o Governo consiga a aprovação dos seus projetos. Porém, há, entre os governistas, quem não aposte em um apoio sistemático do peemedebista.
Também eleito pela coligação “Alfenas que Queremos”, Evanílson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS) deve ser um dos exemplos de que nem estar integrado a base de partidos aliados representa a garantia de um parlamentar de situação. Funcionário de carreira na prefeitura, é visto com reservas pelo Executivo e deve engrossar a oposição.
O Governo deve buscar entre os eleitos pela coligação de oposição para compor a maioria o que permitiria a governabilidade. Um exemplo claro da complexa relação entre os dois poderes é a atual legislatura que mesmo com um equilíbrio das forças partidárias, na prática o Governo conseguiu ampla maioria na atual legislatura.
Apenas três vereadores (Eliacim do Carmo Lourenço, Décio Paulino e Mário Augusto da Silveira Neto) estavam categoricamente na oposição. O posicionamento de Arcanjo França (PP) e José Carlos de Morais (Carlinhos Vardemá/PR) eram, na maioria das vezes, incertos em relação ao Governo. Somente com o período eleitoral, adotaram posicionamento integrado com a oposição. Outro exemplo é Renan Marques (PRTB), que mesmo vindo da oposição, tornou-se aliado do atual governo a partir da segunda metade do mandato.
Do grupo com origem na coligação oposicionista vem Marco Antônio de Souza (Marcos da Santa Casa/PPS), Sander Simaglio (PV), Enéias Ferreira de Rezende (PRTB) e o ex-prefeito Hesse Luiz Pereira (PSDB). A expectativa no meio político é que Sander seja a principal “pedra no sapato” do atual governo com uma atuação bastante critica e fiscalizadora. Velho freqüentador das sessões da Câmara, Sander sempre foi visto por um posicionamento crítico em relação ao atual Governo. Com o mandato, a situação não deve mudar. Já o Governo acredita em uma facilidade maior com Marcos da Santa Casa, considerado acessível para a negociação política.
O prefeito reeleito nega a possibilidade grandes dificuldades com a futura Câmara. Diz que já conversou com todos os eleitos e manterá um relacionamento respeitoso e harmônico. O atual secretário de Governo, Antônio Carlos Esteves, continuará sendo o intermediário entre a administração e os vereadores.
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