Postado em domingo, 13 de julho de 2008

Três coligações na majoritária reúnem 14 partidos

Três coligações, com 14 legendas, foram formadas para a disputa da prefeitura de Alfenas. Partidos, de “peso” no cenário nacional, ficaram de fora.

Alessandro Emergente

Três coligações foram formadas para a disputa da prefeitura de Alfenas. A composição delas revela uma intensa articulação, durante meses, que culminou com a oficialização 14 legendas em três grupos políticos diferentes. Partidos, considerados de “peso” no cenário nacional, ficaram de fora.

A coligação que reúne o maior número de partidos é a “Mudar para Melhor” com sete legendas: PPS, DEM, PTC, PP, PRTB, PV e PSB. A chapa é encabeçada pelo candidato do PPS, Marcos José Duarte Dias (Marcão), derrotado no último pleito com uma diferença de 376 votos para o primeiro colocado.

Outra chapa de oposição é encabeçada pelo atual presidente da Câmara, Eliacim do Carmo Lourenço (PCdoB). A coligação “Ousadia e Esperança” reúne três partidos: PCdoB, PR e PCB.

Quatro partidos integram a coligação “Alfenas que Queremos” que apresenta o candidato à reeleição Pompilio Canavez (PT). As siglas partidárias que compõem a coligação são: PT, PTN, PMN e PTdoB.

Entre os partidos - existentes em Alfenas - com as maiores bancada na Câmara dos Deputados, quatro acabaram ficando de fora das coligações majoritárias. O PSDB, por exemplo, chegou a ser alvo de disputa entre os dois grupos de oposição. O presidente da legenda, José Luiz Bruzadelli, chegou a afirmar que os tucanos fechariam apoio oficial a candidatura do PPS, mas na convenção sua posição foi derrotada e os candidatos tucanos estão liberados para apoiarem os candidatos de oposição de suas preferências.

Partido do governador Aécio Neves e uma das maiores bancadas na Câmara dos Deputados (hoje com 58 parlamentares e 64 no dia da posse), o PSDB representaria acréscimos preciosos no tempo de propaganda eleitoral no rádio e na tevê (com início em agosto). A direção do PPS chegou a anunciar que teria o apoio dos tucanos, mas sofreu uma derrota na convenção do PSDB.

Outra derrota significativa na disputa por apoio político e tempo na tevê/rádio foi a da coligação encabeçada pelo PT. A direção petista chegou a anunciar o PMDB como um dos partidos da base de apoio na eleição, mas na lista oficial da Justiça Eleitoral o partido não integra a coligação encabeçada pelo PT. O secretário-geral do PMDB, Aécio Lourenço de Assis, chegou a confirmar a tendência de apoio oficial ao Partido dos Trabalhadores. Os peemedebistas chegam 95 na Câmara dos Deputados – 90 na posse.

O PTB, com 20 deputados (21 na posse), fechou apoio informal a candidatura do PT, mas não é contabilizado para o tempo de propaganda eleitoral na tevê e no rádio. De acordo com a lista divulgada pelo Cartório Eleitoral, o PDT, da base de apoio do atual governo e do vice-prefeito Maurílio Peloso, também ficou de fora da coligação majoritária encabeçada pelo PT. Derrotados na disputa interna para apresentarem o candidato a vice na chapa, o PDT coligou com o PTB na eleição proporcional. Com 26 deputados (23 na posse), a presença do partido na coligação majoritária era dada como praticamente certa no meio político.

Em Tempo

As informações acima foram disponibilizadas com base na lista oficial divulgada pelo Cartório Eleitoral. No entanto, após a publicação desta reportagem, o vice-presidente do PDT, Marcos Leite, informou, por telefone, que a coligação proporcional "Quem Ama Alfenas Toma Partido" - formada pelo PDT e PMDB - definiu em ata pelo apoio formal a candidatura do PT. Com isso, o tempo destinado aos dois partidos passaria a ser contabilizado na propaganda eleitoral no rádio/tevê da coligação majoritária “Alfenas que Queremos”. Um erro técnico no envio do registro das coligações teria provocando o equívoco.

De acordo com o CartórioEleitoral, a inclusão dos partidos na coligação majoritária poderá ser requerida à Justiça Eleitoral que tem até 16 de agosto para julgar.