Postado em terça-feira, 22 de maio de 2018
Homem acusado de participar de execução do crime organizado está foragido
A Polícia procura Edson Eugênio da Silva (conhecido como “Testa”), suspeito de participação da execução do menor Wescley Correia Ribeiro
Alessandro Emergente
A Polícia procura Edson Eugênio da Silva (conhecido como “Testa”), 31 anos, considerado foragido pela Justiça. Ele é suspeito de participação da execução do menor Wescley Correia Ribeiro, que teve o corpo localizado na semana passada. O adolescente teria sido morto após ser condenado por uma facção criminosa.
As investigações da Polícia Civil chegaram até Silva e a outro homem, André Luís Esteves (conhecido como De Negão), 30 anos, que seriam os executores do crime. Esse segundo homem foi preso na semana passada, enquanto que “Testa” está com um mandado de prisão preventiva em aberto.
O adolescente teria sido enforcado e o corpo enterrado em um terreno no bairro Gaspar Lopes. Um outro corpo foi encontrado no mesmo local na última segunda-feira com sinais de execução. O modus operandi, enforcamento e o local da ocultação do cadáver, são os mesmos.
Por isso, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que os crimes tenham sido cometidos pela mesma facção criminosa. A identidade da segunda vítima ainda terá que ser confirmada pelo exame de DNA. Foram encontrados ossos humanos e restos mortais.
A suposta vítima
A suspeita é que essa segunda vítima seja Bruno de Oliveira Custódio da Silva, 23 anos, acusado de esfaquear e matar o próprio primo em novembro do ano passado. O rapaz foi indiciado pelo homicídio e desde então está foragido. Segundo a Polícia Civil, ele tinha passagens por suspeita de tráfico de drogas, o que reforça a tese dele ter sido julgado pelo crime organizado.
De acordo com o delegado Márcio Bijalon, responsável pela Divisão de Homicídios, a blusa encontrada com o cadáver foi reconhecida por um parente de Custódio como semelhante a que ele usava. No entanto, a certeza da identidade da vítima só será anunciada com o resultado do exame de DNA. O material genético foi encaminhado para o setor especializado da Polícia Civil, em Belo Horizonte, e a expectativa é que esse resultado seja divulgado de dois a três meses.
Investigação
A Polícia Civil chegou até os dois suspeitos de participação na execução do menor após uma foto que circulou nas redes socais. Na foto, o adolescente aparece sendo enforcado. Os criminosos teriam divulgado a foto, que passou a circular a grupos de whatsapp.
Os policiais conseguiram reconhecer rapidamente a residência, que aparece na foto. O local havia sido, em outros casos, alvo de mandados de buscas e apreensões. Com isso, os investigadores chegaram até os nomes de “Testa” e “De Negão”. Esse segundo foi preso em 2016 por suspeita de tentativa de dois homicídios.
A Polícia Civil acredita que o adolescente tenha sido morto na noite do dia 9 ou na madrugada do dia 10 de maio. O crime teria sido cometido cerca de um dia após o seu desaparecimento, no dia 8. Mas a foto da execução só começou a circular dias depois, chegando a mãe da vítima no domingo do Dia das Mães, 13 de maio, segundo a Polícia Civil.
Quem tiver informações sobre a localização do foragido pode entrar em contato com o telefone 181 ou 190. A identidade do informante será mantida em sigilo.
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