Postado em quarta-feira, 29 de março de 2017 às 08:08

Professores decidem por continuação da greve

Os professores da rede estadual decidiram pela manutenção da greve, iniciada no último dia 15. O Estadual é uma das escolas com professores que aderiram ao movimento.


Da Redação

Os professores da rede estadual decidiram pela manutenção da greve, iniciada no último dia 15. A paralisação, por tempo indeterminado, permanecerá - pelo menos - até o dia 6 de abril (quando o movimento se reúne para definir um novo posicionamento), data prevista para votação da proposta de emenda constitucional (PEC 287), que muda as regras da Previdência Social.

A decisão, em assembleia geral, foi na tarde de terça-feira, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores Estaduais em Minas Gerais (Sind-UTE/MG), mais de 10 mil pessoas participaram da assembleia e decidiram pela aprovação da continuidade da greve.

Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, a decisão é um claro recado de que a classe trabalhadora não aceita nenhum direito a menos. Um calendário de atividades foi aprovado.

 

Balanço parcial

Um balanço parcial, divulgado pelo comando de greve, aponta uma adesão de 70% em Alfenas. A paralisação começou no último dia 15 e, na semana passada, o movimento em Alfenas aumentou, atingindo mais escolas.

Em Alfenas, a greve atinge as escolas: Dr. Napoleão Salles, Samuel Engel, Arlindo da Silveira, Professor Viana, Dr. Emílio Silveira (Estadual), Levindo Lambert, Judith Viana e Prefeito Ismael Brasil Corrêa. Segundo o Sind-UTE, a adesão nessas escolas é total, sendo a única exceção o Professor Viana, cuja a adesão foi parcial - os estudantes do 1˚ ao 5˚ continuam tendo aulas normalmente.

Nesta quarta-feira, às 18h30, os professores participarão de uma reunião no Teatro Municipal de Alfenas para definir estratégias do movimento grevista na cidade.

Um dos motivos da paralisação é a luta contra a reforma da Previdência, proposta pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB). Na última segunda-feira, o movimento ocupou a tribuna da Câmara Municipal para pedir apoio político dos vereadores contra a PEC 287. Uma moção de repúdio a PEC foi aprovada.

Além do posicionamento contra a reforma da Previdência, o movimento grevista também reivindica o reajuste de 7,64% no piso da categoria, percentual não repassada pelo governo estadual. Outra reivindicação é o retroativo (de janeiro a março do ano passado) de 11,36% que não foi pago. Esse reajuste faz parte de um acordo com o governo de Minas Gerais e só foi cumprido a partir de abril de 2016.



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