Postado em segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
às 23:46
Suspeito nega envolvimento em morte de adolescente e alega ter confessado sob tortura
O rapaz que aparece em um vídeo confessando o crime disse que foi torturado para falar que havia matado a adolescente.
Da Redação
O suspeito, que aparece em uma gravação confessando o assassinato da adolescente morta no domingo, negou qualquer envolvimento com o crime. O rapaz de 26 anos prestou depoimento à Polícia Civil na tarde de segunda-feira e concordou em ceder material genético para investigação.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito alegou que sequer conhecia a vítima. A versão apresentada à polícia é de que o suspeito foi dominado por criminosos e ficou cerca de 3 horas em poder deles. Neste período, teria sido amarrado e torturado até confessar o crime.
"Nós desconfiamos de uma quadrilha aqui de Alfenas. Vamos fazer uma investigação paralela a essa, investigar esse crime na prática, afinal de contas ele também foi vítima de sequestro e tortura", disse o delegado Márcio Bijalon em entrevista à imprensa.
O rapaz foi liberado, mas continua na condição de investigado. Segundo o delegado, ele concordou em ceder material de DNA para exames que mostre se ele tem ou não participação no crime. A suspeita da polícia é que a menina tenha sofrido violência sexual. "Ele concordou em ceder o material genético, [que] vai ser comparado com o que foi apreendido no local. Vamos aguardar", explicou o delegado.
Vídeo com a confissão
Na noite de domingo, um vídeo foi compartilhado pelo WhatsApp (confira imagem abaixo/Reprodução) e rapidamente se espalhou. Na gravação, um rapaz aparece amarrado em um pé de café e diz ter sido o autor do homicídio. No entanto, a Polícia trata o conteúdo do vídeo com cautela para que não haja precipitação na conclusão antecipada do caso. O rapaz teria sido torturado para confessar o crime.
A gravação virou alvo de investigação da polícia. De acordo com a polícia, a informação é que o rapaz que aparece no vídeo teria sido obrigado a gravar o vídeo dizendo ter sido o assassino. Esse rapaz diz, na gravação, que mantinha um relacionamento com a adolescente há cerca de 9 meses.
A polícia quer saber quem são os jovens que gravaram o vídeo e que se apresentam como membros de uma facção criminosa, o Primeiro Comando da Capital (PCC). As vozes são, segundo a PM, semelhantes a menores, que seriam conhecidos no meio policial.
O delegado Márcio Bijalon durante entrevista após o depoimento do suspeito (Foto: Reprodução/EPTV)
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