Postado em sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Colheita de café provoca variação brusca na estatística sobre emprego
O período de colheita de café tem provocado uma variação brusca na curva de empregos formais em Alfenas.
Alessandro Emergente
O período de colheita de café tem provocado uma variação brusca na curva de empregos formais em Alfenas. O tradicional aumento de vagas em abril é contraposto por um índice estatístico negativo em julho: este ano, por exemplo, a cidade apareceu entre as 50 do País que mais demitiram.
Um levantamento feito pelo portal G1, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, coloca Alfenas entre as cinco cidades mineiras com maior número de demissões durante o mês de julho.
O resultado reflete o fim dos empregos temporários devido a colheita de café. Houve uma queda de 211 vagas. Cidades como Araguari, Patos de Minas, Janaúba e Novo Cruzeiro apareceram na frente de Alfenas. Araguari foi a que mais demitiu em Minas: 413 empregos a menos em julho.
Entre as 50 cidades que mais demitiram do que contrataram no mês de julho estão duas capitais: Maceió (AL) e Macapá (AP). Outras três capitais também obtiveram resultado negativo: Boa Vista (RR), Brasília (DF) e Florianópolis (SC).
As duas cidades com o pior resultado na geração de vagas são do Rio Grande do Sul: Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires.
Nos dois casos, trata-se de um fator já esperado, uma vez que os municípios têm suas economias muito dependentes da plantação de fumo e este é o período de fim de safra.
Os dados gerais do Caged mostraram que foram criados 181.796 postos de trabalho com carteira assinada no mês. O balanço mostrou desaceleração na comparação com o resultado dos meses anteriores, já que entre janeiro e maio deste ano a geração de emprego registrou recordes seguidos. Considerando o acumulado dos sete primeiros meses do ano, no entanto, o saldo ainda é o mais alto da história.
Excluindo as capitais, os principais destaques do mês foram Campinas (SP), Petrolina (PE), Osasco (SP), Matão (SP) e Jundiaí (SP). O Caged só considera os dados das cidades com mais de 30 mil habitantes.
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