Postado em segunda-feira, 6 de abril de 2009

América e Alfenense entram em 2009 com novos projetos

De olho no futuro, os presidentes de América e Alfenense contam os projetos para que as duas equipes voltem a brilhar nos gramados e resgatem suas tradições.


Lio Fonseca
Especial para o Alfenas Hoje

Futebol é uma paixão que não se apaga nunca. Sabe-se que onde houver dois ou mais garotos reunidos com uma bola na roda, ali estará o futebol se perpetuando, ganhando vida e encantando vidas. Mas, às vezes, a realidade não é tão poética assim.

As dificuldades financeiras levam certos times a pedir um tempo ou até mesmo anunciar o encerramento de suas atividades. Esse não é o caso do América nem do Alfenense. Pelo menos é o que garantem seus presidentes. O Alfenas Hoje conversou com os presidentes dos dois clubes para saber da perspectiva de volta desses times aos gramados. Esses que são os dois mais representativos da cidade.

América

Há dez anos na presidência do América, o empresário Oscar Fernandes diz que a saída é vender título patrimonial. Quem comprar uma cota, vai virar sócio-proprietário do time e partilhar dos lucros. Assim que bater sua meta de 3.000 títulos vendidos. Ele avalia que o América vai recuperar sua auto-estima e tornar-se um clube com toda a estrutura de recreação para os associados.

Nos moldes da sede do Rio Branco, de Andradas, a ideia é construir piscinas, sauna, ducha, hidromassagem e toda a infra-estrutura que um grande time merece ter.

Amante do futebol há décadas, o presidente do América diz que teve a experiência de implantar esse projeto em Limeira, interior de São Paulo, e colheu bons frutos.

"Eu gosto de desafios." Com esta frase o presidente explica que também conseguiu restaurar o estádio do América. Gastou R$ 450 mil na reforma de banheiros, arquibancadas, instalou uma iluminação mais moderna e ganhou a aprovação da Federação Mineira de Futebol como estádio capacitado a sediar jogos do Campeonado Mineiro.

A atual presidência também pagou as dívidas e montou uma nova diretoria. Mas isso ainda não foi o suficiente para o América voltar a jogar. O presidente está ansioso com um projeto de Lei que concede isenção tributária ao clube e espera pela votação na Câmara Municipal.

Segundo ele, o projeto está nas mãos dos vereadores. "Se a força de vontade política agir, o projeto sai da condição de promessa e se torna uma realidade para quem quer ver o futebol de Alfenas em alta", diz.

Enquanto isso não acontece, Oscar Fernandes tenta os caminhos que o levam a crer numa retomada do time. Ele pretende se reunir com a diretoria do clube nos próximos dias e um dos assuntos em pauta será a “nova cara” do América.

Para formar esta “nova cara”, vai sugerir uma mudança na assinatura do time. Ele acha que, com a injeção de ânimo entre jogadores e comissão técnica, para o início de uma boa nova, nada melhor que um novo nome. O América em breve se chamará América Alfenas Futebol Clube.

Alfenense

Homero Duarte Júnior (Homerinho), presidente do Alfenense, acreditando na força, na garra e na tradição do time, aposta na cautela como melhor jogada no momento. Por isso, acredita que nada está perdido. Dificuldades existem, mas soluções também.

Há mais de um ano, o presidente do alfenense vem conversando com Max Vianna, empresário de Belo Horizonte, muito bem relacionado no futebol brasileiro e que tem ideias louváveis para o time, segundo Homerinho.

A proposta do empresário é administrar o alfenense transformando-o em um formador de jogador. Com um centro de treinamento comparado ao de outros times do Brasil, a ideia também é oferecer estágio a jogadores em fase de negociação. Assim, enquanto seus contratos não fossem assinados com outros times, para não ficarem parados, os atletas seriam usados pelo Alfenense durante os campeonatos. "Porém, não existe nada de concreto ainda", avisa.

O presidente do Alfenense afirma estar atento às oportunidades. Diz que a expectativa de ver o alfenense em atividade é grande, mas no momento administra os poucos recursos que tem no estádio, debitando alguns impostos, sanando problemas judiciais e esperando o fim das dificuldades pelas quais passam a grande maioria dos times do interior.

Homerinho explica que antigamente os custos eram menores e havia maior colaboração financeira. Um exemplo foi a classificação do Alfenense para a série B, da 1º divisão, há dois anos, com recursos da prefeitura de Alfenas.

"Alegria, porém, que durou pouco, pois, no ano seguinte, quando o time dependia apenas de verba para alimentação e viagens, foi abandonado pela prefeitura", diz. Homerinho lamenta ao dizer que por falta de uma ajuda pequena, o Alfenense não pôde disputar aquele campeonato e parou suas atividades.

"O Alfenense está aberto a propostas de investimento do poder público ou de empresários interessados em trazer o time de volta aos campeonatos oficiais. Só não quero assumir as responsabilidades do clube sozinho, pois essa seria uma forma muito perigosa de me envolver", diz o presidente.

Homerinho explica que, numa eventual falência e/ou não havendo como efetuar um pagamento, a lei de responsabilidade fiscal fará valer sua força. Portanto, melhor esperar o momento certo.



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