Postado em sexta-feira, 20 de junho de 2025
às 16:04
Proposta de plano de desenvolvimento do braço Sul do Lago de Furnas busca garantir cota máxima e reverter assoreamento
Projeto liderado por Itamar Silva prevê barragem, investimentos de R$ 200 milhões e revitalização para municípios impactados.
Um plano de desenvolvimento para o Braço Sul do Lago de Furnas, idealizado pelo ambientalista Itamar Silva, propõe medidas para garantir a estabilidade da cota máxima de 768 metros e revitalizar a região. Com um investimento estimado em R$ 200 milhões, o projeto busca reverter o assoreamento do lago e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico de 13 municípios, incluindo Alfenas, Alterosa, Areado, Campos Gerais, Divisa Nova, Elói Mendes, Fama, Nepomuceno, Paraguaçu, Santana da Vargem, Serrania, Três Pontas e Varginha.
A iniciativa baseia-se em uma emenda aprovada no projeto de desestatização da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras), que prevê um repasse de R$ 230 milhões anuais, por 10 anos, para custear projetos de desenvolvimento e preservação do Lago de Furnas.
O Desafio do assoreamento e a proposta para barragem
Segundo Itamar Silva, o Lago de Furnas, que celebra 60 anos de atividade plena em setembro de 2025, pode estar com 40% de sua capacidade de armazenamento de água comprometida devido ao assoreamento. Sedimentos, como areia, pedras e argila, são arrastados pelos rios durante os períodos chuvosos, diminuindo o volume de água armazenado. Há a projeção de que, por volta de 2050, o Braço Sul do Lago de Furnas possa não mais existir, transformando-se em uma área assoreada e impactada por resíduos tóxicos.
A crescente escassez de água é atribuída tanto à demanda por geração de energia quanto ao processo de assoreamento dos rios que o alimentam. Durante os períodos chuvosos, os rios transportam grandes volumes de sedimentos – como areia, pedras e argila. Esses materiais, tanto de origem natural quanto resultantes da ação humana (assoreamento antrópico), depositam-se no fundo dos reservatórios. Com o tempo, o acúmulo desses sedimentos reduz a capacidade de armazenamento de água do lago, impactando diretamente sua vida útil e a disponibilidade de recursos hídricos.
>>Clique aqui para adesão ao abaixo-assinado em apoio ao Plano de Desenvolvimento do Braço Sul do Lago de Furnas 2025 (Cota máxima 768)
Para enfrentar essa situação, a proposta central é a construção de um dique/barragem entre o Distrito de Barranco Alto, em Alfenas, e o município de Campos Gerais. Além disso, o projeto inclui a construção de uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) com turbinas "Stream Diver" no local do dique, capaz de gerar aproximadamente 15 MW de energia, suficiente para atender a demanda de 30 mil residências, com um investimento de cerca de R$ 120 milhões. As turbinas, segundo o projeto, garantem a passagem de peixes migratórios, promovendo a preservação das espécies nativas.
Impactos e benefícios previstos
O "Programa Além da Energia Elétrica", como é chamado, tem como objetivo principal a estabilidade permanente da cota máxima de 768 metros no Braço Sul do Lago de Furnas.
Entre os benefícios destacados pelo plano estão:
- Estabilidade hídrica: Garantia de recursos hídricos para as futuras gerações e restauração da confiança de investidores na região.
- Desenvolvimento de infraestruturas: Incentivo ao turismo, esporte, lazer, agricultura, pesca, piscicultura, rede hoteleira e geração de emprego e renda.
- Preservação ambiental: Reflorestamento das margens do Braço Sul do Lago e seus afluentes, recuperação e análise da qualidade das nascentes, e construção de parques.
- Melhoria de transporte: Conexão da BR-369 (Campos Gerais) com a MG-184 (Alterosa) por meio da reconexão da antiga estrada do GALO, reduzindo a distância em aproximadamente 60 quilômetros e sendo livre de pedágios, com um investimento de cerca de R$ 70 milhões.
- Mobilidade: Implantação de tarifa zero no transporte público terrestre e hidroviário.
- Educação e pesquisa: Criação de um observatório para análise das mudanças climáticas e a produção de um informativo digital e impresso sobre Educação Ambiental, com foco na preservação do bioma local.
- O plano enfatiza a necessidade de ação imediata, considerando as mudanças climáticas e a tendência de alterações nos parâmetros pluviométricos.
Divulgação e gestão
O projeto será divulgado por meio de palestras, eventos sociais, audiências públicas, entrevistas, materiais impressos, em Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais e braços dos Executivos estaduais e federais. Também está prevista a utilização de abaixo-assinados e redes sociais.
A gestão financeira do projeto será feita através de parcerias com os setores público e privado, em níveis local, nacional e internacional. A arrecadação de fundos ocorrerá via PIX (telefone – 55 35 9 8437-7763) para custear as despesas de divulgação e o avanço do projeto.
Contribuições para o Projeto
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