Postado em quinta-feira, 10 de março de 2022
às 10:10
Greve na rede estadual atinge escolas de Alfenas
Profissionais da Educação somam aos da segurança pública na pressão o Governo de Minas.
Da Redação
A greve geral da educação na rede estadual atingiu escolas localizadas em Alfenas. É mais uma categoria a se mobilizar por reivindicações no Estado, uma vez que os profissionais da segurança pública realizaram uma passeata em Belo Horizonte, na quarta-feira, e não descartam uma “parada geral”.
De acordo com um levantamento feito pela reportagem, oito escolas suspenderam as aulas, sendo duas delas em regime parcial. Ainda não há um comando de greve da categoria em Alfenas, responsável por direcionar as ações na cidade.
A paralisação dos professores foi deflagrada, em assembleia, na última quarta-feira e é por tempo indeterminado. Uma nova assembleia está marcada para o dia 16. Até lá o movimento aguarda uma contraproposta do governador Romeu Zema (Novo).
Reajuste não repassado
Os profissionais da educação reivindicam o cumprimento do piso salarial dos professores. O governo federal sancionou, no mês passado, um reajuste de 33,24% no piso salarial, indo a R$ R$ 3.845,63. Porém, o percentual de reajuste não foi seguido pelo governo de Minas, que anunciou 10,06% para todos os servidores, incluindo os da educação.
A direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) explica que a área de educação tem recursos vinculados e o cumprimento do piso é garantido tanto pela Lei Estadual nº 21.710/2015 quanto pelo artigo 202-A da Constituição Estadual.
"Na verdade, faltam 23%. A aplicação do piso salarial profissional nacional, que foi divulgada através de uma portaria do ano de 2022, é de 33,23%. Então, o governo do Estado de Minas Gerais precisa chegar a esse valor, que é o que a legislação prevê para o piso salarial profissional nacional", afirmou a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, em entrevista ao jornal O Tempo, de Belo Horizonte.
Regime fiscal
Outra reivindicação é a não adesão ao regime de recuperação fiscal (RCF) do governo federal, o que é acompanhado por outras categorias como os da segurança pública, que adotaram “operação tartaruga” com empenho nas ações emergenciais.
A aprovação do RRF é um dos principais pedidos do governo Zema à Assembleia Legislativa para proporcionar ao estado um plano para renegociações de dívidas do estado com a União. Em contrapartida, o Estado deveria cumprir uma série de regras como o congelamento dos vencimentos do funcionalismo e a venda de estatais.
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