Postado em sábado, 21 de março de 2020
às 17:05
Atualizada em sábado, 21 de março de 2020
às 21:19
Entradas e saídas de Alfenas serão monitoradas
Medida, anunciada neste sábado, é mais uma etapa para evitar o avanço do coronavírus.
Alessandro Emergente
A entrada e a saída de veículos em Alfenas passará a ser feita com limitações. Apenas o trevo principal, próximo a Unifenas (Universidade José do Rosário Velano), e a saída/entrada no bairro Vista Grande ficarão disponíveis, porém sob monitoramento da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Militar. As demais entradas (como a rodovia Nico Paulino da Costa, AMG 1560, que dá acesso ao bairro Pinheirinho) serão fechadas.
A medida será válida a partir de segunda-feira, de acordo com o Decreto Municipal (2.531 de 21 de março de 2020), publicado no final da noite deste sábado. A informação inicial, divulgada pelo governo, era de que a medida seria imediata a partir da publicação do decreto, o que não se confirmou.
>>Clique aqui e confira o Decreto, que também prevê outras medidas como para o comércio
O anúncio foi feito pelo prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT) após uma nova reunião envolvendo o Gabinete de Enfrentamento do Covid-19. As reuniões têm sido diárias para buscar medidas para enfrentar a pandemia do Sars-Cov-2, vírus que dá origem a doença Covid-19.
De acordo com o prefeito, haverá um controle da entrada e saída, restringindo o acesso a cidade. Porém, será permitido o acesso de veículos e caminhões, que justificarem o interesse coletivo, como o abastecimento do Município e a prestações serviços, ou no caso de transporte de pacientes, entre outras situações específicas.
Outras cidades da região, como Poços de Caldas e São Tomé das Letras, decidiram fechar a entrada de turistas na cidade. Em Poços de Caldas, a medida passou a valer desde sexta-feira, com a proibição de entrada de ônibus e vans com turistas.
Disputa entre Estados e Governo Federal
A medida de restringir acesso a estados e municípios tem sido adotada por vários governadores, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Na sexta-feira, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou o fechamento das fronteiras terrestres de Minas para o transporte coletivo de passageiros.
A decisão de Zema foi comunicada no decorrer da tarde e, à noite, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), editou a Medida Provisória 926/ 2020 determinando que qualquer restrição excepcional e temporária a locomoção interestadual e intermunicipal e entrada e saída do país, por rodovias, portos ou aeroportos, seja recomendada e fundamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O texto estabelece, ainda, que, no caso de imposição de uma restrição, a medida deve resguardar o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais, que serão definidos por decreto pelo presidente.
Essa “guerra” pela competência legal tem sido travada há alguns dias entre governadores e o presidente da República. Na madrugada de sexta-feira, o portal de notícia Uol publicou uma reportagem mostrando que cinco governadores (Minas ainda não estava na lista) já haviam decretado o fechamento de suas entradas para ônibus de passageiros, medida criticada pelo governo federal.
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