Postado em segunda-feira, 26 de agosto de 2019 às 08:08

Infertilidade Feminina


 São vários fatores que podem interferir na fertilidade feminina. Recomenda-se que após 1 ano de tentativas para mulheres até 35 anos sem sucesso e 6 meses para mulheres com idade superior a 35 anos, a busca por um profissional para investigação da causa.

Além desses fatores “visíveis”, outros como ansiedade e estresse também podem ter forte influência, sendo necessário a busca por um psicólogo ou terapeuta.

Veja mais em: Acompanhamento Psicológico

QUAIS SÃO AS CAUSAS E OS TRATAMENTOS
FATOR OVULATÓRIO
A causa mais frequente é a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), que atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva. A SOP é caracterizada por um distúrbio hormonal que interfere no processo de ovulação levando a formação de cistos. Os cistos fazem parte do processo de funcionamento dos ovários, que a cada ciclo menstrual desaparecem. Já em mulheres que possuem a SOP os cistos permanecem e modificam a estrutura ovariana, podendo aumentar sua largura em até três vezes do que o tamanho normal. Mulheres que têm essa síndrome, produzem hormônio masculino (androgênios) em excesso, aparecimento de acne, menstruação irregular, intervalos longos entre os ciclos menstruais, podendo até ficar meses sem menstruar. Essa síndrome, trata-se de um distúrbio que tem início na puberdade e vai aumentando progressivamente.

SINTOMAS
A menstruação irregular pode caracterizar, em muitos casos, que a mulher não está ovulando corretamente. Uma mulher que tenha uma produção inadequada de hormônios, pode apresentar falha de ovulação ou até mesmo ovular. Existem também outros sintomas como:

Aumento de peso
Dificuldade para engravidar
Doenças cardiovasculares
Diabetes tipo 2
Queda de cabelos
Manchas na pele, principalmente axilas
Aumento de oleosidade na pele e surgimento de espinhas e cravos
Crescimento anormal de pelo nas regiões do baixo ventre, seios, queixo e buço.
EXAMES
Para se investigar a qualidade da ovulação, alguns exames de sangue são solicitados como:

Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
Hormônio Luteinizante (LH)
Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH)
Testosterona Total
17 OH Progesterona
Prolactina
Estrogênio
TRATAMENTO
Para esse tratamento, o uso de medicamentos como pílulas anticoncepcionais, anéis vaginais, implantes podem ajudar a controlar a formação de cistos e a diminuição da produção do hormônio masculino. Porém, se as trompas não forem normais, ou até mesmo o espermograma estiver alterado, é necessário buscar auxílio nas técnicas de reprodução assistida.

FATOR TUBÁRIO
O fator tubário corresponde a 35% das causas de infertilidade feminina.

As trompas uterinas podem apresentar alguma deformidade ou até mesmo obstrução de seu canal. Se estiverem comprometidas podem impossibilitar a fecundação natural.

Fatores que podem interferir:

Inflamação pélvica que ocorre através das doenças sexualmente transmissíveis como a clamídia e o gonococo.
Apendicite aguda, endometriose peritoneal independente do grau das lesões.
DIAGNÓSTICO
Com o auxílio de alguns exames complementares é possível identificar se há obstrução, aderência ou outros fatores que afetam as tubas:

HISTEROSSALPINGOGRAFIA
É um exame que consiste na aplicação de contraste pelo colo uterino e com o auxílio do raio-x acompanha sua trajetória até a cavidade abdominal para avaliar se há obstrução tubária, salpingite e aderências peritoneais.

HISTEROSSONOGRAFIA
É um exame que pode ser realizado em consultório. Uma sonda passa pelo útero através da via vaginal, injeta-se um fluído que passa pela cavidade uterina, passando pelas trompas e atingem a cavidade pélvica. Com o auxílio do ultrassom é possível avaliar a anatomia da cavidade uterina.

VIDEOLAPAROSCOPIA
Esse exame é realizado sob anestesia geral. Se trata de um exame mais invasivo, já que uma microcâmera de vídeo passa pelo abdômen próximo a região do umbigo. Identificando o problema, é possível realizar a correção cirúrgica, sem a necessidade de abrir o abdômen, o aparelho permite a introdução de pinças especiais.

FATOR UTERINO
A deformação na cavidade uterina contribui para a infertilidade, pois pode causar dificuldade de implantação embrionária. As alterações podem ser por sequelas de endometriose ou por infecção pélvica generalizada, pólipos endometriais, os miomas submucosos, as sinéquias e as anomalias congênitas por desenvolvimento anormal dos ductos de Muller.

Os métodos de avaliação uterina são a ultrassonografia transvaginal, a histerossalpingografia, a histerossonografia e a histeroscopia.

ABORTOS DE REPETIÇÃO
O aborto de repetição é definido como a ocorrência de três abortos consecutivos. Fatores que aumentam o risco: idade da mulher, idade paterna e antecedente de aborto.

Principais causas:

Alterações cromossômicas e genéticas
Alterações anatômicas
Trombofilias
Alterações endócrino-metabólicas
Alterações imunológicas
Infecções
Fator masculino
MENOPAUSA PRECOCE
A menopausa precoce ocorre antes dos 40 anos e quando a mulher fica 1 ano ou mais sem menstruar. A menopausa é considerada uma falência ovariana prematura (FOP), que consiste na perda temporária ou definitiva da produção de hormônios que acontece após a primeira menstruação e antes dos 40 anos de idade.

Não existe uma causa exata para a insuficiência ovariana, ela pode ocorrer por diversos fatores, como exemplo, anormalidades genéticas. Além desse, existem outros fatores que podem antecipar a menopausa, como a remoção dos ovários, alteração cromossomiais, drogas e toxinas, a realização de tratamentos contra o câncer, doença autoimune, como: lúpus, inflamações na tireoide, diabetes ou infecções virais.

SINTOMAS
Entre os sintomas de menopausa precoce podemos citar: Irregularidade menstrual; ausência de menstruação por mais de 3 meses; fogachos; suores noturnos; secura vaginal; alterações de humor; Infertilidade; Diminuição de desejo sexual; fadiga excessiva; insônia; perda de memória e irritabilidade.


Fonte:Clínica de Reprodução Humana Cesma



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